O ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Guido Mantega, apresentou hoje para investidores internacionais, nas instalações da Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (Unctad), em Genebra, as bases do projeto de Parcerias Público-Privadas encaminhado ao Congresso Nacional.
 
A palestra foi feita durante encontro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com investidores estrangeiros do qual fizeram parte também os ministros Antonio Palocci e Luiz Fernando Furlan.
 
Em sua apresentação, o ministro Mantega destacou a necessidade de se aumentar os investimentos em infra-estrutura, especialmente nas áreas de eletricidade, petróleo, transportes, comunicações e recursos hídricos. Ele ressaltou que o governo brasileiro não teria recursos para fazer todos os investimentos necessários.
 
A parceria com a iniciativa privada, segundo a exposição do ministro, possibilita ganhos de eficiência por ter menor custo na construção e por oferecer serviços públicos de qualidade em menor prazo e também ganhos em volume de investimento, porque aumenta a carteira de projetos economicamente viáveis e permite superar gargalos, estimulando outros investimentos.
 
Para o setor elétrico, a prioridade é reduzir o risco de déficit de abastecimento e universalizar o acesso. Na área de petróleo e gás, o objetivo é alcançar a auto-suficiência em petróleo até 2006.
 
Quanto ao setor de transportes e logística, o ministro afirmou que a preferência é para a melhoria das condições físicas e operacionais para o término das obras em andamento e para a eliminação das deficiências nessas áreas.
 
Com o setor de infra-estrutura de recursos hídricos, a preocupação é com a ampliação de forma significativa do abastecimento de água em zonas semi-áridas.
 
O ministro citou como exemplos de projetos que poderão utilizar o modelo das Parcerias Público-Privadas o Porto de Itaqui, a rodovia BR-101 (Nordeste), a ferrovia Estreito-Balsas, e os projeto de irrigação do Jaíba e de Irecê.
 
Mantega finalizou sua apresentação falando sobre as condições atuais de estabilidade do país sob os pontos de vista político, econômico e social, que garantem o bom momento para investimentos no Brasil.