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Tomaz Bastos destaca importância da ética
Brasília, 19/10/2005 - O ministro da Justiça, Márcio Tomaz Bastos fez a conferência de abertura do III SIPEC - Encontro de Dirigentes de Recursos Humanos, com a palestra "Ética no Serviço Público e combate à corrupção". Segundo Tomaz Bastos, a ética não pode ser entendida como um "estorvo" ao serviço público, mas uma ferramenta que "precisa ser incorporada aos nossos hábitos e costumes, ao lado da eficiência e racionalização de processos".
Tomaz Bastos citou Monstesquieu quando este fala que é o fortalecimento das instituições é o fortalecimento da democracia. Segundo o ministro, o país vive uma crise política há mais de cinco meses sem que houvesse ruptura ou ameaça de golpe. "Temos 3 CPIs funcionando ao mesmo tempo, a polícia federal, a CGU, o Ministério Público atuando em todas as instâncias. É isto que nos define como um povo civilizado e uma Nação adulta. Que é capaz de sem golpes, sem quebra de regras do jogo, absorver uma crise como esta", disse Tomaz Bastos.
O ministro elogiou com entusiasmo as operações que vêm sendo impetradas pela polícia federal nos três últimos anos. Segundo Tomaz Bastos, foram várias operações de inteligência que resultaram em inúmeras prisões e indiciamentos de várias pessoas e empresas. Esclareceu que, pela primeira vez no Brasil, a população pôde assistir à prisão, antes inimaginável, de indivíduos bem posicionados na sociedade.
Tomaz Bastos garantiu que houve uma mudança importante na polícia federal que se tornou uma instituição "impessoal" porque, acrescentou "a função da polícia federal não é servir ao governo, ou proteger os amigos, ou perseguir a oposição, não é atingir os inimigos. A tarefa da polícia federal é combater o crime organizado no Brasil".
E destacou com veemência que a polícia federal trabalha no combate à corrupção "onde quer que ela esteja", sem "escolher" alvos ou "selecionar" investigados. Segundo Tomaz Bastos foram quebrados padrões e são atingidos "quem quer que esteja praticando crime de corrupção".
O ministro salientou a importância de continuar o trabalho de combate à lavagem de dinheiro, uma questão fundamental para o controle de atividades criminosas e a redução da corrupção. Esta á uma cultura que faltava ao Brasil, destacou o Ministro, porque a lavagem de dinheiro é fundamental para as atividades criminosas, seja de que origem for. Segundo o Ministro já existiam órgãos e instrumentos para esse combate mas que precisam ser aperfeiçoados para um maior controle. "Combater a lavagem de dinheiro é combater o crime organizado. O pagamento por fora precisa desaparecer", disse o Ministro.
Tomaz Bastos destacou ainda o programa de transparência construído no Ministério da Justiça que colocou no site informações sobre as despesas com diárias, passagens, contratos realizados, que se tornou uma importante ferramenta de gestão que, por determinação do Presidente Lula, deverá ser estendida para todos os ministérios.