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Teleconferência prepara censo racial do serviço público federal
Brasília, 11/11/2002 - Com a realização de teleconferência no dia 11 de novembro, o Governo Federal começou a preparar o cadastramento de todos os servidores públicos federais visando a identificar o universo de servidores afrodescendentes.
O cadastramento será realizado de 20 a 27 de novembro, e estará disponibilizado aos servidores em todas as unidades de Recursos Humanos de todo o país e através do Siapenet - Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos, por computador.
Assistida por dirigentes de recursos humanos de quase todos os estados, a teleconferência foi promovida pela Secretaria de Gestão do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em parceria com a Secretaria de Estado de Direitos Humanos do Ministério da Justiça e Secretaria de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento.
O objetivo da teleconferência foi atender ao decreto 4.228, de 13 de maio de 2002, do Presidente Fernando Henrique, que instituiu o Programa Nacional de Ações Afirmativas a ser estabelecido no âmbito do serviço público federal.
Na abertura da teleconferência, o Presidente Fernando Henrique explicou que o Censo Racial do Servidor Público da União "representará um grande avanço para fornecer mais informações do desenho de políticas de recursos humanos".
Lembrou ainda que, pela primeira vez na História do Brasil, foi em seu governo que a existência do racismo foi reconhecida e que medidas pioneiras foram tomadas para combatê-lo. "Foi criado o Grupo de Trabalho Interministerial sobre a População Negra e o Grupo de Trabalho contra o Racismo. Estamos reescrevendo a história do Brasil", afirmou o Presidente.
REPARO - Já a Secretária de Gestão, Evelyn Levy, afirmou que o Governo está tendo a chance de "reparar uma injustiça que se tem arrastado através de séculos, mas igualmente de nos beneficiarmos de uma sociedade mais democrática, em que a diversidade enriquece. Que possamos, num horizonte próximo, ter ultrapassado as diferenças abissais que separam negros e brancos no Brasil".