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Política salarial do governo é de reajuste diferenciado, disse secretário
Brasília, 15/4/2005 - O secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Sérgio Mendonça, disse hoje, aos representantes de 12 entidades sindicais do serviço público federal, durante reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP), que a política salarial do governo Lula para os servidores do Poder Executivo é de reajuste diferenciado.
O secretário respondeu às pressões dos sindicalistas que protestavam contra o percentual de 0,1% de reajuste linear encaminhado ao Congresso Nacional pelo governo em fevereiro deste ano. "O governo não tem uma política de 0,1%", afirmou Mendonça, que esclareceu mais uma vez que o projeto de reajuste linear é para cumprir determinação legal prevista na Emenda 19 da reforma administrativa.
Mendonça disse que, com a política de reajuste diferenciado que vem sendo implantada pelo governo, houve uma diminuição da distância entre o maior e o menor salário no serviço público federal, que era de 18 vezes no último ano do governo Fernando Henrique Cardoso e foi reduzido para 11 vezes. "Atendemos as categorias que estão na ponta, que dizem respeito ao atendimento ao usuário, como as Universidades, o INSS, o PCC. Estas foram as mais prejudicadas nesses últimos anos", esclareceu.
O secretário disse estranhar o movimento grevista do INSS que vem causando transtornos à população, uma vez que o governo tem mantido um permanente canal de diálogo com os servidores. Ele lembrou as negociações realizadas com o INSS em 2004, que resultaram na criação da Carreira do Seguro Social. Ressaltou também o atendimento de reivindicações históricas da categoria que trouxeram aumentos que variaram de 46,53% para nível superior, 49.69% para nível intermediário e 61,28% para nível auxiliar.
Segundo Mendonça, não é razoável as entidades se sentarem a MNNP e não reconhecerem todo o esforço feito pelo governo Lula nesses dois anos. Destacou que o acréscimo total de despesas no período 2004 e 2005 foi de R$ 8,7 bilhões, sendo R$ 6,7 bilhões com reestruturações de carreiras e revisão geral. "Não dá começar uma discussão sempre do zero, como se nada tivesse sido feito desde o início", finalizou.