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Ouvidorias precisam acompanhar os novos tempos, diz especialista

publicado:  16/04/2015 22h37, última modificação:  16/04/2015 22h37

Brasília, 03/12/10 – O grande desafio da ouvidoria pública hoje é acompanhar a mudança dos tempos. Elas tendem a ficar desatualizadas em relação às coisas que estão acontecendo no mundo. E precisam acompanhar o ritmo das necessidades das pessoas, que hoje estão muito mais interativas do que há alguns anos.

O diagnóstico é do consultor Luiz Carlos Iasbeck, doutor em Comunicação, ao fazer, hoje, a palestra inaugural do 4º Encontro de Ouvidorias do Servidor,  promovido pela Secretaria de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento (SRH/MP).  

O encontro, aberto pelo secretário Duvanier Paiva Ferreira, reúne um público especializado, formado basicamente por operadores de ouvidoria dos órgãos e entidades públicas, coordenadores-gerais de recursos humanos, ouvidores e dirigentes sindicais.

Iasbeck explicou que o problema citado por ele não é novo, embora hoje seja mais premente. Ele próprio experimentou resistências ao implantar, anos atrás, uma ouvidoria pioneira, a do Banco do Brasil.

“Ajudei a implantar o sistema, contra as determinações do banco na época, contou o consultor. “As pessoas não acreditavam que um banco devesse ter ouvidoria, tivemos de brigar, fazer uma auditoria marginal, até que isso fosse reconhecido. Hoje em dia, mudou muito, é o próprio Banco Central que obriga as instituições a terem ouvidorias, explicou.

Segundo Iasbeck, nesse novo tempo, as pessoas escrevem e pensam de maneira diferente, por isso, os problemas exigem solução imediata, muito mais do que ocorria antes.

“E as ouvidorias têm de se adequar a isso, não só tecnologicamente, mas também com uma cultura interna. É preciso disposição das pessoas que atendem para buscar responder com tempestividade, e também, para resolver os conflitos com mais assertividade e menos discurso, afirmou o especialista. 

Segundo o titular da Ouvidoria do Servidor, Alberto Felippi Barbosa, a idéia desse quarto Encontro é avaliar o impacto das políticas implementadas até agora pelos órgãos públicos para recebimento das manifestações dos servidores.

A Ouvidoria do Servidor atua como órgão auxiliar, subsidiando o secretário de Recursos Humanos e o ministro do Planejamento na formulação das políticas de gestão de pessoas no Governo Federal. 


Fotos: Luciano Ribeiro/Divulgação.

E essa política, conforme ressaltou o secretário Duvanier Paiva, na solenidade de abertura, foi responsável por boa parte do sucesso do governo que está se encerrando.  “Uma grande marca do governo Lula foi a democratização das relações de trabalho, em busca da redução das desigualdades. E a Ouvidoria do Servidor é parte importante desse trabalho, ressaltou.

Desde que foi criada, há sete anos, a Ouvidoria recebeu mais de 32 mil mensagens por e-mail, além de várias correspondências de servidores públicos federais. O Portal Ouvidoria do Servidor contabiliza cerca de 200 mil acessos de servidores em busca de informação sobre o histórico funcional.