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Governo garante manutenção do poder de compra do servidor (boletim contato - nº 52)
Brasília, 19/1/2006 O ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, garantiu em reunião com parlamentares e representantes dos servidores, que o governo Lula não deixará nenhuma categoria sem recomposição do seu poder de compra. Assim, segundo Bernardo, nenhum servidor terá reajuste inferior à inflação do período 2003/2006, cerca de 30% segundo estimativa da inflação acumulada medida pelo IPCA.
Desde o início do governo Lula, com a criação da Mesa Nacional de Negociação Permanente, em fevereiro de 2003, a indicação era de uma mudança de postura nas relações trabalhistas com os servidores. O governo mostrou com a criação da Mesa que sua disposição era negociar e procurar evitar conflitos e movimentos paredistas. Nem sempre foi possível superar as dificuldades nas negociações e o governo enfrentou greves prolongadas, principalmente no INSS e nas universidades, com claro prejuízo para a população e alunos.
Um processo novo nas relações entre governo e servidores enfrenta resistências e requer mudança de cultura. Mas apesar das dificuldades, o saldo é positivo. Foram corrigidas distorções históricas de várias categorias que resultaram em novo conceito de remuneração no serviço público federal.
A política adotada pelo governo foi trabalhar com reajustes diferenciados por categoria, uma vez que o reajuste linear manteria ou aprofundaria as distorções. As alterações foram feitas também de forma diferenciada, ora pelas gratificações de desempenho ou gratificações fixas, ora pelo vencimento básico, parcelas que compõem a remuneração dos servidores públicos federais do Poder Executivo e variam em valor e forma para cada carreira.
Como exemplo dos ganhos das categorias estão os técnicos previdenciários do INSS, que tiveram sua remuneração duplicada durante o governo Lula, resultado de negociações salariais e incorporação de antigos passivos reivindicados pela categoria. Assim, um técnico previdenciário, de nível intermediário, em final de carreira, registrava ao final de 2002, remuneração de R$ 1.182,04. Hoje, seu salário é de R$ 2.046,68, um crescimento real, acima de 33%, considerando uma inflação de cerca de 30% até o final de 2006. Além disso, houve uma redução substancial na distância que separava a remuneração entre ativos e aposentados.
Balanço das negociações realizadas em 2003, 2004 e 2005 com reflexo em 2006.
Em 2006, o governo mantém sua política de reajustes diferenciados, dando continuidade à redução das distâncias remuneratórias que já diminuiu para 16 a diferença entre o maior e o menor salário no Executivo civil. Era 22 vezes no final de 2002.
Além disso, o governo pretende continuar a valorizar as categorias mais numerosas, que atuam nas áreas sociais e que sofreram as maiores perdas salariais. Assim, os servidores do PCC Plano de Classificação de Cargos, deverão ser priorizados em 2006. Os servidores ativos de nível superior do PCC, que não foram enquadrados em planos especiais, tiveram reajuste de 4% no Governo Lula em vista do acordo com a CONDSEF Confederação Nacional dos Servidores Públicos que priorizou o reajuste dos servidores aposentados. O PCC, principalmente aquele de nível superior, será priorizado em 2006. O governo pretende enviar ainda neste mês de janeiro, Projeto de Lei propondo reajustes que valerão a partir de fevereiro de 2006. Esses reajustes irão variar de 16,5% a 45,98%, percentuais que garantirão a recomposição do poder de compra do PCC.