Brasília, 22/11/2005 - O governo federal, por intermédio do secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, apresentou nesta terça-feira, 22, nova proposta aos representantes dos fiscais federais agropecuários, em greve há duas semanas. Em reunião na manhã de hoje, Mendonça propôs um reajuste de 15% para a categoria, divididos em duas parcelas, a primeira de 10%, a partir de janeiro próximo; e a segunda, de 5%, a partir de junho.

O secretário explicou que os valores incidem sobre o valor bruto da remuneração dos servidores em dezembro. Como a categoria já havia sido beneficiada, desde 2003, com reajustes em torno de 19% no nível final da carreira, e de cerca de 64% no nível inicial, a proposta significa ganho real para todos, bem acima da inflação de 29% estimada para o período 2003/2006.

Hoje, o menor salário percebido pelos fiscais federais agropecuários – no nível inicial de carreira – é de R$ 4.339,00. Com a primeira parcela de 10%, esse valor passará a ser de R$ 4.767,00 em janeiro de 2006; e de R$ 4.981,00 em junho do mesmo ano.

Para o servidor no nível final da carreira, o salário atual, de R$ 6.293, passa a ser de R$ 6.916 em janeiro; e de R$ 7.228 em junho. E os servidores inativos, cuja maior remuneração hoje é de R$ 4.744,00, passarão a ganhar R$ R$ 5.213 em janeiro; e R$ 5.447,00 em junho.

A proposta, conforme os dados apresentados pelo secretário de Recursos Humanos aos grevistas, implicará num gasto financeiro de R$ 77 milhões no orçamento de 2006; e de R$ 88 milhões no orçamento do ano seguinte.