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Governança é o maior desafio hoje, defende Gaetani na Conferência de RH
Brasília, 8/7/2009 – O secretário-executivo do Ministério do Planejamento, Francisco Gaetani, defendeu hoje a necessidade da criação de mecanismos de governança em todos os níveis de governo como um dos principais desafios que a administração pública brasileira tem de enfrentar. Ele entende que é preciso trazer a sociedade para essa discussão, pois, como definiu, governança é maior do que governo.
“Quando falamos de Governo e Estado estamos falando de muitos mundos, que vão das Nações Unidas até as prefeituras. Há uma série de níveis de governo se relacionando de forma fluida, confusa e que precisa ser levada em consideração, disse, ao participar do painel Os desafios da administração pública na atualidade, na Conferencia Nacional de Recursos Humanos, que está sendo realizada no Centro de Convenções de Brasília.
Gaetani traçou um amplo moisaco do serviço público federal e das diversas reformas por que passou – “inacabadas e que vêm desde o Século XIX, segundo ele – para mostrar que a construção do Estado nacional ainda é uma tarefa inacabada.
E nesse processo, mesmo num momento em que o mundo vive em tempo real, com todos sendo vigiados pela mídia e pela internet, a sociedade, no entender do secretário, não tem discernimento sobre as diferentes jurisdições e áreas de competência dos distintos níveis de governo.
“Vejam o caso daquela jovem que ficou presa numa cela com diversos homens, numa cidade do Pará, exemplificou. “Aquele não é um problema da Secretaria de Segurança do estado, mas de toda a administração brasileira. O mesmo vale para o caso dos hospitais públicos do Rio, que lemos nos jornais e vemos pela TV. A sociedade entende que as políticas públicas são intergovernamentais. Por isso temos de tratar as questões de governo para além de suas jurisdições.
Gaetani propôs ainda o entendimento democrático como forma de superar os diversos impasses que estão truncando o governo. “Precisamos conscientizar de que nessa altura do campeonato todas as maiores forças políticas do Brasil já foram governo, todas chegaram lá. Então é hora de pararmos com os messianismos, com salvacionismos, botar a bola no chão, organizar nossas divergências, trabalharmos nossos conflitos e superarmos, darmos as pazes para continuar andando, afirmou o secretário-executivo adjunto.