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Gaetani defende em BH busca de serviços de interesse da sociedade

publicado:  16/04/2015 22h37, última modificação:  16/04/2015 22h37

Belo Horizonte, 20/3/2009 - Assim como o setor privado visa o lucro, o governo deve buscar produzir valor público, ou seja, bens e serviços de interesse da sociedade. E em poucas áreas isso é tão importante quanto a de recursos humanos. O recado foi dado pelo secretário-executivo adjunto do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Francisco Gaetani, ao abrir, em Belo Horizonte, a etapa Sudeste 1 (MG e ES) da Conferência Nacional de Recursos Humanos, promovida pela Secretaria de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento.

Falando no auditório da reitoria da Universidade Federal de Minas Gerais, onde estudou, Gaetani destacou que a Secretaria de Recursos Humanos está caminhando na direção correta ao buscar ouvir todos os segmentos envolvidos no processo de construção da política de RH.


Foto: Foca Lisboa/Divulgação.

Segundo ele, discussões como a implantação de uma política de remuneração variável para o setor público, p or exemplo, são "difíceis, que estavam represadas historicamente" e que agora estão sendo feitas, mas buscando o aval da sociedade.

"Nossa preocupação é fazer um esforço para que as decisões não sejam tomadas por um grupo de profissionais em Brasília, afastados da realidade", destacou. "Queremos que seja um trabalho construído coletivamente, com os funcionários, as direções das organizacões, e as representações dos servidores. Sem a discussão, sem o contraditório, sem o processamento dos conflitos, as soluções tomadas são capengas", definiu o secretário do Ministério do Planejamento.

O debate que está sendo feito atualmente em Belo Horizonte já foi realizado em Recife e terá prosseguimento em outras quatro etapas regionais (Florianópolis, Santo André, Brasília e Belém), antes de ser consolidado na Conferência Nacional de Recursos Humanos, em julho.

Em sua palestra Gaetani destacou , particularmente, o desafio que a SRH tem enfrentado nos últimos dois anos, conduzindo negociações que resultaram numa política salarial reconhecida por todos os interlocutores.


Foto: Foca Lisboa/Divulgação.

"Pela primeira vez temos os funcionários do PGPE, que eram tratados de forma negativa, hoje com salários competitivos em termos de mercado", afirmou Francisco Gaetani. "Se compararmos com os salários dos governos estaduais e municipais, veremos que abriu-se um diferencial impressionante e numa conjuntura sem inflação. E foi tudo objeto de negociação com os representantes dos servidores".

Faltam, no entanto, segundo o executivo adjunto do Planejamento, "as outras coisas todas", que vinham sendo tratadas de forma mais ou menos precária e que agora têm de ser discutidas de frente. Ele enumera: desempenho, flexibilidade, estruturas de incentivo diferenciadas condições de trabalho específicas de cada órgão.

Um dos desafios mais importantes na gestão dos recursos humanos, segundo ele, é incorporar no processo decisório da política de RH essas diferenças entre as diversas carreiras.

"A estrutura de um hospital público e a natureza do trabalho de seus servidores são bem diferentes da estrutura e do trabalho da Receita Federal, de uma universidade, de um ministério de uma autarquia", explicou.

"E cada força de trabalho dessa tem sua especificidade que precisa ser levada em conta ao discutirmos mais concursos, mais tecnologia, mais capacitação, mais cargos de confiança".