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Bernardo diz que não tem mais propostas para auditores
Brasília, 05/05/2008 - O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, reuniu-se nesta segunda-feira, 05.05, com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e concordaram que não há mais como avançar nas propostas econômicas para os auditores em greve desde o último dia 18 de março.
Segundo Bernardo, foram feitas sucessivas rodadas de negociação com os servidores e o governo evoluiu nas várias propostas apresentadas. Melhoramos até onde podia, ressaltou o ministro, mas chegamos no limite das cláusulas econômicas que significam um aumento para a categoria de 24% em julho de 2008, 9% em julho de 2009 e 5% em julho de 2010, esclareceu. Uma proposta generosa, disse Bernardo, se considerar que a meta de inflação para 2008 que é de 4,5%.
Ao final, afirmou Bernardo, eles apresentaram uma nova reivindicação para que o governo adiasse a definição dos critérios de avaliação e promoção, no que foram atendidos. Mesmo assim, segundo o ministro do Planejamento, eles foram para a assembléia e rejeitaram a proposta. Então, o governo não se negará a conversar, mas não será feita mais nenhuma negociação, disse.
Bernardo disse que ficou acertado que a Receita fará os controles necessários para informar ao Sistema de Pessoal os servidores em greve para que seja realizado o corte de ponto em cumprimento à determinação do Supremo Tribunal Federal.
O ministro esclareceu que o corte ainda não pôde ser feito na folha de abril em vista de uma liminar concedida pelo Superior Tribunal de Justiça, logo após à decisão do STF, que prejudicou os comandos do corte pelos órgãos da receita espalhados por todo o Brasil.
Em dezembro de 2002, a remuneração inicial da carreira de auditores era de R$ 4.544,53, passando para R$ 10.155,32, um aumento de 123,46% no período. Por outro lado, o salário final passou de R$ 7.376,91 em 2007 para R$ 13.382,26. Com a nova proposta, o salário inicial da categoria passaria para R$ 14 mil e o final para R$ 19 mil.