Foto: Ilkens Souza/Divulgação.

Esse foi o recado que o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, transmitiu na noite de ontem (segunda-feira,6) aos cerca de 1,3 milhão de servidores federais, ao abrir, no Centro de Convenções de Brasília, a Conferência Nacional de Recursos Humanos da Administração Pública Federal.

Falando para uma platéia de cerca de 1.100 servidores que atuam diretamente na execução da política de RH nos órgãos públicos federais, Bernardo reafirmou a decisão anunciada na sexta-feira passada, após reunião da Junta Econômica, de incluir na folha de pagamento deste mês os reajustes acordados no ano passado.

Foto: Ilkens Souza/Divulgação.

“O presidente Lula tem um olhar muito atento para a nossa relação com o servidor público, disse o ministro. “Tanto que, a despeito da queda da arrecadação, apesar de neste ano a receita estar muito ruim, a determinação foi claríssima de que deveríamos manter todos os acordos firmados com os servidores.
 
Na concorrida solenidade de abertura, que contou com a presença dos ministros Luiz Dulci, da Secretaria-Geral da Presidência, José Pimentel, da Previdência Social, e Benjamin Zymler, do Tribunal de Contas da União, Bernardo disse que se os efeitos da crise foram menores no Brasil do que nos países da Europa e da América do Norte, isso ocorreu devido à decisão do governo de incentivar o crescimento do mercado interno.

“Já se fala em uma nova classe média, por conta do aumento do emprego, da melhoria dos salários, dos programas sociais, e, em conseqüência de tudo isso, do aumento das vendas no comércio. Sem dúvida, o Brasil atingiu um patamar positivo de crescimento sustentado, assegurou o ministro do Planejamento, antecipando sua expectativa de recuperação da economia já no segundo semestre e com as condições prontas para voltar a crescer a um ritmo mais acelerado no ano que vem e nos seguintes.
 
CONSOLIDAÇÃO

O secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Duvanier Paiva Ferreira, lembrou aos presentes que o objetivo maior da Conferência Nacional está voltado para o atendimento da sociedade brasileira. A meta é dotar o Estado da capacidade de produzir serviços com maior qualidade.

“Estamos mostrando o novo olhar da política de gestão de pessoas na Administração Pública Federal. Para consolidá-la, queremos ouvir todos os segmentos, trazer para o debate tanto os trabalhadores do serviço público federal e seus dirigentes sindicais, quanto os representantes da sociedade civil organizada, explicou Duvanier.

A Conferência Nacional vai finalizar o processo de discussões realizado em todas as regiões do País – a primeira etapa regional em março, em Recife, e a sexta no final de abril, em Belém, envolvendo esses agentes citados pelo secretário de Recursos Humanos.

De hoje até quinta-feira, eles estarão reunidos pela manhã e à tarde no Centro de Convenções (veja a programação) para consolidar as propostas nos cinco eixos temáticos definidos como prioridadades: Democratização das Relações de Trabalho; Carreiras; Gestão por Competências e Avaliação de Desempenho; Saúde, Previdência e Benefícios do Servidor e; Sistemas e Processos em Gestão de Pessoas.

Da solenidade de abertura também participaram o 1º vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS); o secretário-executivo do MP, João Bernardo Bringel; o presidente do Conselho Federal da OAB, Cezar Britto; a secretária no Brasil da Internacional de Serviços Públicos, Mônica Valente; a diretora-executiva da CUT, Lúcia Reis; o coordenador de Educação do Dieese, Nelson Karam; e o diretor de Documentação do Diap, Antônio Augusto.