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Aumento médio de 18% para os professores

publicado:  16/04/2015 22h36, última modificação:  16/04/2015 22h36

 

 

 

 

Mensagem do governo ao ANDES

Tabela geral dos reajustes

 

 
   

Brasília, 17/8/2004 - O governo federal decidiu hoje (terça-feira, 17), após a 13ª reunião de negociação com a diretoria do ANDES - Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior, efetuar no mês de setembro o pagamento de reajuste diferenciado aos docentes das universidades públicas federais que dará um aumento médio de 18% para os professores.

Apesar de ter sido mantido o impasse com a entidade sindical, mesmo após a apresentação da terceira proposta, o governo resolveu - "em respeito aos professores e visando o fortalecimento da universidade pública", como frisou o secretário-executivo adjunto do MEC, Jairo Jorge - fazer o pagamento do reajuste, com efeito retroativo a 1º de maio deste ano.

Até a próxima sexta-feira, 20, será publicada no Diário Oficial da União, a Medida Provisória concedendo o reajuste aos cerca de 73 mil professores das universidades federais.

Caso a publicação da Medida Provisória ocorra após o fechamento da folha de pagamentos do serviço público federal, o Ministério de Planejamento, segundo assegurou o secretário de Recursos Humanos, Sérgio Mendonça, usará o mecanismo da folha suplementar para pagar até a segunda quinzena de setembro.

"A proposta governamental sinaliza na direção das três principais reivindicações da categoria: reajuste acima da inflação; extinção da Gratificação de Estímulo à Docência - GED e paridade entre ativos e aposentados", explicou Jairo Jorge, do MEC.

Os índices a serem concedidos variam entre 10,15% a 34,91%. Para chegar a esses percentuais, os Ministérios do Planejamento e da Educação conseguiram aumentar de R$ 230 milhões para R$ 372 milhões os recursos orçamentários destinados ao reajuste da

categoria em 2004. Isso significa que haverá necessidade de incluir no orçamento para 2005 recursos suplementares de R$ 160 milhões, uma vez que o custo anualizado é de R$ R$ 532 milhões.

"Houve, portanto, um acréscimo de R$ 142 milhões à proposta inicial do governo, mas nem assim foi possível um acordo com a diretoria do ANDES", lamentou o secretário Sérgio Mendonça. "Mas reconhecemos a importância da interlocução da diretoria da ANDES e acreditamos que estamos muito perto do acordo", ressalvou.

Além de suspender o caráter produtivista da GED, pelo congelamento em 140 pontos para todos os docentes que estão na ativa, a proposta governamental busca reduzir a distância da remuneração entre ativos e aposentados e pensionistas, na medida em que, para esses últimos, a quantidade de pontos passa de 84 para 91.

"Além do aumento no número, o valor do ponto também é reajustado", explicou Jairo Jorge. "A proposta é boa e acreditamos que poderá mudar os rumos do movimento. Tanto que as maiores universidades federais, como as de Minas Gerais, Paraná e Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul aceitaram".

Segundo o representante do MEC, este é apenas um passo inicial, uma vez que será constituído, no âmbito do Ministério da Educação, um Grupo de Trabalho para debater propostas visando a extinção da GED e rumo à paridade entre ativos e aposentados.

PERCENTUAL DE AUMENTO

Regime de
trabalho
Servidores docentes
Graduado
%
Aperfeiçoamento
%
Especialização
%
Mestrado
%
Doutorado
%
Dedicação Exclusiva
54.408
13,43 a 34,52
12,76 a 31,52
12,04 a 30,06
10,68 a 27,29
15,27 a 33,43
40 horas
10.121
13,57 a 34,45
10,74 a 25,84
10,15 a 24,68
12,64 a 31,59
14,60 a 34,91
20 horas
8.954
13,46 a 23,17
12,46 a 21,73
11,79 a 21,73
10,22 a 20,94
11,95 a 27,06
TOTAL
73.483
10,15 % a 34,91%