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Estatais estão investindo mais e com melhor nível de execução
Brasília, 30/7/2009 – Os investimentos das empresas estatais atingiram no terceiro bimestre deste ano um nível de execução de 37,4%, correspondentes a R$ 29,7 bilhões da dotação orçamentária anual de R$ 79,4 bilhões. Desse volume de recursos executados, cerca R$ 23,5 bilhões – equivalentes a uma parcela de 78,9% – foram financiados com geração própria.
As informações estão contidas na Portaria 15, publicada hoje no Diário Oficial da União, pelo Departamento de Coordenação e Controle das Estatais – Dest, órgão do Ministério do Planejamento. A portaria divulga a execução do Orçamento de Investimento relativa ao bimestre maio/junho de 2009 de 68 empresas estatais federais – 59 do setor produtivo e 9 do setor financeiro.
“Esse volume de quase 80% de utilização de recursos próprios para investimentos mostra claramente, ao contrário do que alguns querem fazer crer, que empresa estatal não causa endividamento do Estado. Apenas R$ 1,8% foram investidos com recursos oriundos do Tesouro Nacional, afirma o diretor do Dest, Murilo Barella.
Comparado com igual período de 2008, o nível de execução teve um aumento de 5,4 pontos percentuais. No ano passado estava em 32%. Mas o desempenho é bastante superior quando se considera que a dotação orçamentária anual em 2008 era de R$ 62,9 bilhões, enquanto neste ano teve um incremento de 23,4% (R$ 79,4 bilhões).
A dotação final para 2009 contempla a execução de obras e serviços em 307 projetos e 270 atividades. Enquanto no terceiro trimestre de 2008 foram executados R$ 6,7 bilhões, em igual período deste ano as empresas já realizaram investimentos no valor de R$ 10,6 bilhões (13,3% da dotação anual).
O demonstrativo publicado pelo Dest aponta ainda o enorme salto nas operações de crédito na área de habitação pelas agências financeiras de fomento – instituições como a Caixa e o BNDES, destinadas a financiar projetos públicos e privados. Enquanto até junho de 2008 o volume das aplicações estava em torno de R$ 4,9 bilhões, este ano o realizado é mais do que o dobro: chega a R$ 10,2 bilhões até o terceiro trimestre.
“Acreditamos que boa parte desse incremento se deva ao programa Minha Casa, Minha Vida, que vai construir um milhão de casas para famílias de baixa renda, comenta Murilo Barella. “Esses R$ 10,2 bilhões são recursos colocados efetivamente na mão do tomador, ou seja, o mutuário ou a construtora.