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Empresas estatais apresentam projetos de desenvolvimento sustentável

publicado:  13/11/2009 12h25, última modificação:  13/07/2015 20h09

Brasília, 13/11/2009 - No encerramento do primeiro dia do evento “Empresas Estatais: Inovar é Investir no Brasil, organizado pelo Departamento de Coordenação e Governança das Estatais do Ministério do Planejamento (Dest), as estatais Banco do Brasil, Eletrobrás e Codevasf apresentaram suas ações de desenvolvimento sustentável que são implementadas em diversas regiões do Brasil.

 Paulo Frasão, gerente-executivo da Diretoria de Desenvolvimento Sustentável do Banco do Brasil, apresentou um projeto desenvolvido em parceria com o Sebrae: a ovinocaprinocultura. Por meio de concessão de crédito, o banco trabalha no crescimento da atividade no interior da região Nordeste visando a inclusão social sem agredir a identidade cultural local.
 
“O Banco do Brasil espera contribuir para o crescimento da região investindo em uma atividade que tem tudo para crescer no Brasil. Hoje, a Austrália domina 95% do mercado mundial de ovinocaprinocultura. Os Estados da região Nordeste, culturalmente, desenvolvem este tipo de atividade para subsistência. A idéia é buscar o desenvolvimento da atividade capacitando os produtores para serem inseridos no mercado passando a pensar na produção de grande escala, disse o gerente-executivo.
 
Além disso, Frasão destacou que o próximo desafio do programa é atrair para estas regiões os frigoríficos de grande porte capazes de investir nos rebanhos da região. “Se conseguirmos manter o padrão de qualidade nos rebanhos e aumentar significativamente a ovinocaprinocultura, vamos atrair grandes indústrias e cooperativas. Isto vai possibilitar o crescimento do consumo do produto no mercado interno e incentivar as exportações, destacou. 
 
A Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf) apresentou, por meio do seu diretor de Desenvolvimento Integrado e Infraestrutura, Clemencio de Souza, o projeto de irrigação para a região do Vale do São Francisco. A intenção da empresa é irrigar, nos próximos anos, um milhão de hectares. Hoje, são 130 mil hectares irrigados. 
 
“Não adianta pensar, hoje, apenas na irrigação. Temos que nos preocupar em ensinar a atividade ao homem do campo. Temos que mostrar como fazer, como modernizar, como aumentar a produção e como comercializá-la. Não adianta apenas disponibilizar o canal de irrigação; é preciso dar a logística necessária para que a atividade cresça, afirmou o diretor.
 
Como exemplo de sucesso, o representante do Banco do Brasil, Paulo Frasão, destacou a experiência de Petrolina e Juazeiro. “As duas cidades são um grande exemplo de sucesso. Hoje, estas cidades, são grandes produtoras de frutas ‘in natura’. Juntas, Petrolina e Juazeiro detêm nada menos que 95% da manga consumida no país e 90% da uva. Nosso ideal é fazer com todo o Vale do São Francisco o que foi feito nestas duas cidades, disse.
 
O presidente da Eletrobrás, José Antônio Lopes, destacou que a empresa sempre buscou o desenvolvimento acoplado à distribuição de energia elétrica. Como exemplo, o presidente citou o norte do Mato Grosso.
 
“Na década de 80, a energia elétrica chegava até Cuiabá. Com a abertura da estrada até Santarém, a região começou a demandar a necessidade de receber energia elétrica. Entretanto, tínhamos um problema: a demanda era baixa para justificar o investimento. Mesmo assim, pensando na necessidade social, a Eletrobrás bancou a extensão da energia para as regiões que começavam a crescer e a atrair pessoas de outros Estados do país. Hoje, o norte do Mato Grosso é uma região em franco desenvolvimento e é apontada como uma das mais promissoras do Brasil, disse Lopes.