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Política fiscal neutra contribui para o controle da inflação, diz Barbosa

Em São Paulo, ministro disse que com explicação sobre nova meta mercado pode reverter variação cambial

publicado:  24/07/2015 22h23, última modificação:  27/07/2015 13h19

O ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Nelson Barbosa, afirmou nesta sexta-feira (24) que a variação cambial verificada nos últimos dias tende a ser de curto prazo e pode ser revertida a partir do momento em que o governo esclareça as razões para a revisão da meta do superávit - do equivalente a 1,1% do PIB para 0,15% do PIB.

Foto: Piti Reali / Divulgação FGV 

O ministro fez o comentário em conversa com jornalistas, após participar de evento na sede da Fundação Getúlio Vargas (FGV) em São Paulo. “No curto prazo, a gente está tendo essa variação cambial, mas ainda é cedo para tratar isso como permanente. Eu acho que, à medida que o governo explicar as ações que estão sendo tomadas, isso tende a ser revertido”, disse. 

Barbosa observou ainda que o mercado sempre reage não só com mudanças na política fiscal interna como a variações que ocorrem no resto do mundo e reforçou que o governo está explicando a alteração da meta em diversos fóruns. “Eu tenho agora uma reunião com vários economistas de mercado. Então, eu acho que essa variação tende a ser absorvida”, acrescentou citando a agenda com investidores e analistas no Gabinete Regional da Presidência da República em São Paulo.

O ministro salientou que a política fiscal continua contribuindo para o controle da inflação. “Mesmo com a revisão, a meta fiscal representa um aumento do superávit em relação ao ano passado. A política fiscal é neutra ou contracionista e, nesse sentido, ela ajuda no combate à inflação”, explicou

Barbosa reafirmou ainda que o fator mais importante para recuperação da economia brasileira é sustentar não só o equilíbrio fiscal, mas também o controle da inflação e o aumento da produtividade da economia. “É o aumento da produtividade que vai permitir que os salários e os lucros cresçam mais rápido, sem pressionar a inflação, e vai permitir que a arrecadação do governo possa crescer mais rápido e, com isso, financiar os seus gastos sem aumento da carga tributária”, considerou.