Brasília, 18/11/2010 - A grande dificuldade na construção do PPA federal é que hoje existe uma relação “monogâmica, quando o desejável é que se tenha uma relação “poligâmica com os demais entes, inclusive com os órgãos de controle e os de licenciamento ambiental. Não há como fazer planejamento nem executar obras de infraestrutura sem pensar também neles.

A mensagem foi dada pelo secretário Planejamento e Investimentos Estratégicos do Ministério do Planejamento (SPI/MP), Afonso Oliveira de Almeida, falando a um público formado por representantes de governos estaduais e municipais, gestores, analistas e outras autoridades envolvidas com os três níveis de governo – União, estados e municípios.   Ele participou da solenidade de abertura e fez a palestra magna do 1º Seminário de Planejamento Governamental, na noite de ontem (quarta-feira, 17), no Hotel Royal Tulip Alvorada, em Brasília. O encontro, realizado em conjunto com o Conselho

Nacional de Secretários Estaduais do Planejamento (Conseplan), reúne na capital federal cerca de 600 pessoas. Durante três dias, serão debatidos temas sociais e econômicos, entre eles infraestrutura, monitoramento e avaliação de políticas públicas, investimentos estratégicos, governança corporativa e gestão fiscal.

“Quando formos elaborar o próximo Plano Plurianual, não podemos nos isolar, precisamos buscar maior amplitude, trazer todos para a mesa e discutir a melhor forma de implementar as políticas públicas, defendeu o titular da SPI.

Fotos: Ilkens Souza/divulgação.

A presidente do Conseplan, Desirée Mota, secretária do Planejamento e Gestão do Ceará, reforça essa posição ao afirmar que o 1º Seminário de Planejamento Governamental representa exatamente isso, a oportunidade que os estados têm de participar da discussão do PPA federal para o período 2012/2015.

“Queremos discutir a pauta do planejamento e ter uma relação estreita com o novo governo, queremos estar junto com a União, afirmou a secretária. “Durante o seminário, os estados aqui representados vão poder apresentar experiências, programas e projetos inovadores que estão desenvolvendo e que podem servir de exemplo, pois apresentam resultados concretos para a sociedade. 

A solenidade de abertura contou, também, com o presidente do Conselho Nacional dos Secretários de Administração (Consad), Sérgio Ruy Barbosa; o secretário-adjunto de Orçamento Federal, Claudiano Albuquerque; o presidente-substituto da Escola Nacional de Administração (Enap), Paulo Carvalho; e o ministro Cláudio Raja Gabaglia Lins, do Ministério das Relações Exteriores.