Brasília, 24/04/2003 - O Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Guido Mantega, disse aos Secretários Estaduais de Planejamento, que o governo federal pretende fazer um planejamento descentralizado e regionalizado, feito com a participação da sociedade. Segundo o Ministro, na próxima semana, o Presidente Lula vai lançar oficialmente os trabalhos do Plano Plurianual 2004-2007, com a divulgação de um documento com a proposta de desenvolvimento para o país para ser discutido em todo o país.

O Ministro destacou para os Secretários presentes a estratégia da política macroeconômica seguida até o momento pelo governo para recuperar a confiança, baixar o risco país e manter sob controle a relação Dívida/PIB que, segundo Mantega, subiu de forma bastante acentuada no último governo, chegando a 66% do PIB.

Destacou ainda que para se retomar os investimentos no Brasil, o governo tem que criar as condições para que a taxa de juros caia sensivelmente e isto será possível fazendo uma política fiscal mais apertada de modo a liberar a política monetária, permitindo uma redução da taxa de juros.

Além disso, esclareceu que para alcançar o desenvolvimento sustentado é preciso implementar as reformas constitucionais como a da previdência e tributária, que aumentam a competitividade da economia brasileira, principalmente a tributária que melhora também a eficiência do Estado.

Mantega destacou que é preciso definir um projeto de desenvolvimento de longo prazo para o Brasil e coordenar as ações de governo em direção a esse projeto. Nesse contexto se insere a elaboração do Plano Plurianual 2004-2007 que é a oportunidade, segundo o Ministro, para a "revitalização do planejamento, para que possamos transformar o planejamento em poderoso instrumento de coordenação da ação do Estado".

Segundo o Ministro, este pode ser um ponto de encontro entre os governos estaduais e o governo federal, fazendo projetos compartilhados através de discussões conjuntas para identificar as necessidades de cada região.

O objetivo, destacou Mantega, é promover o planejamento participativo, discutindo com a sociedade civil organizada, sindicatos, associações de classe, universidades, ONGs.