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Portal de compras vai reduzir custos de medicamentos comprados pelo SUS
Brasília, 17/2/2005 - O Governo Federal vai implantar ainda neste semestre um Portal de Compras de Medicamentos para centralizar as informações sobre compras feitas com recursos repassados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
O sistema vai registrar informações sobre os medicamentos e materiais hospitalares adquiridos pelo governo e que poderão ser acessadas por todos os integrantes do SUS - União, estados e municípios.
Por meio da análise dessas informações os gestores públicos poderão identificar os melhores preços, além de permitir que estados e municípios façam consórcios entre si para compras em escala, em diferentes sistemas de compras, reduzindo custos.
"Estimamos que utilizando o pregão eletrônico para a geração de um registro nacional de preços, possamos fazer com o que o custo do medicamento seja reduzido em pelo menos 20%", destacou o secretário de Logística e Tecnologia da Informação (SLTI) do Ministério do Planejamento, Rogério Santanna.
Ele acrescenta que a redução pode ser ainda maior e que a compra de medicamentos por meio do pregão eletrônico já chegou a 60% em alguns casos. "Compartilhar esse processo permite aos pequenos municípios participar de uma compra do ministério em grande escala e obter os medicamentos a um preço muito mais razoável", explicou.
O portal vai possibilitar, também, estabelecer uma base de comparação de desempenho entre estados e municípios. "A União pode verificar se um estado está comprando determinado medicamento muito caro e no lugar de continuar repassando o recurso, ela pode passar a comprar esse medicamento", disse Santanna. Os fornecedores também vão ter acesso ao portal e poderão saber o que o governo está comprando e as ofertas existentes.
De acordo com o secretário de Logística e Tecnologia da Informação, SUS repassa ou compra R$ 13 bilhões em medicamentos e materiais hospitalares, sendo R$ 2 bilhões aproximadamente comprados diretamente e o restante repassado para estados e municípios. Desse R$ 13 bilhões, pelo menos cerca de R$ 8,5 bilhões de medicamentos adquiridos podem ter seus preços de aquisição reduzidos com a utilização dos dados do pregão.