Você está aqui: Página Inicial > Assuntos > Planejamento e Investimentos > Notícias > Paraolimpíadas terão bolas de guizo brasileiras: produção nacional vai para cem países

Notícias

Paraolimpíadas terão bolas de guizo brasileiras: produção nacional vai para cem países

publicado:  20/09/2002 15h04, última modificação:  01/03/2016 20h24

Brasília, 20/09/2002 -Até o final de novembro duas mil bolas de guizo produzidas no Brasil serão exportadas para cerca de cem países. O primeiro lote desta produção especial estará sendo encaminhado às embaixadas da Itália, França, Espanha, Inglaterra, Alemanha, dezenas de países da África e Ásia e todos os da América Latina. A distribuição do material esportivo será coordenada pela Federação Internacional de Futebol para Cegos (IBSA), considerada a Fifa do desporto para os deficientes visuais.

O fato inédito se deve ao sucesso do Projeto Pintando a Liberdade que, através de 70 detentos da Prisão Provisória de Curitiba, no Paraná, confecciona anualmente dez mil bolas de guizo, atendendo toda a demanda nacional nesta modalidade.

O Pintando a Liberdade - responsável pela fabricação de materiais esportivos no interior das penitenciárias brasileiras - integra o Plano Avança Brasil, coordenado pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, e é uma ação governamental do âmbito do Ministério do Esporte e Turismo.

O fornecimento anual de bolas de guizo para o exterior foi oficializado no início de setembro entre o Secretário Nacional de Esporte, Lars Grael e o Presidente da IBSA, Henrique Peres. Pelo acordo de cooperação, firmado por três anos, as bolas especiais serão utilizadas em competições internacionais de futsal e futebol society, inclusive nas Paraolimpíadas de Atenas em 2004.

Guizo nacional - O Projeto Pintando a Liberdade entrou na produção das bolas de guizo devido a uma carência deste mercado no Brasil. Antes, as únicas bolas de guizo credenciadas eram as espanholas e a um custo unitário alto: 70 euros. O preço, representando 70 dólares para os deficientes visuais brasileiros, tornava sua aquisição impraticável para a maioria.

Hoje a bola "made in Brazil" chega de forma gratuita aos atletas; para o Governo ela custa cinco dólares e seu padrão de qualidade é invejável: é superior ao da fabricada na Espanha e já é considerada oficial no mundo esportivo paraolímpico.

Para assegurar definitivamente o padrão de qualidade, o Pintando a Liberdade está montando um convênio com o Instituto Nacional de Metrologia - Inmetro. O selo de aprovação da instituição estará presente no passo a passo da fabricação, envolvendo análise e rigor já na aquisição de matéria- prima junto aos fornecedores.