Brasília, 31/01/2002 - Brasília esteve sediando, de 29 a 31/01 o II Fórum da Aliança Global para a Eliminação da Hanseníase. No encontro que termina hoje o Brasil está tendo importante participação: sua experiência no trato da hanseníase, apontada pela OMS - Organização Mundial da Saúde como uma das melhores do mundo, servirá de modelo a países como Índia, Guiné, Madagascar, Nepal, Angola e Indonésia, que vieram conhecer de perto outras estratégias contra a doença, considerada questão de saúde pública, especialmente nos países do continente africano.O método brasileiro, favorecido pelo processo de descentralização da saúde, deve grande parte dos avanços obtidos na erradicação da hanseníase ao trabalho realizado por meio do Programa Saúde da Família, do Avança Brasil.

No final do ano passado, o Brasil lançou o Plano Nacional de Mobilização e Intensificação das Ações para a Eliminação da Hanseníase e Controle da Tuberculose, com o objetivo de controlar ambas as doenças como fatores de saúde pública até 2005 - a meta internacional. No ano de 2002 vão ser investidos R$ 48 milhões em prevenção e tratamento, sendo R$ 18 milhões para apoiar estados e municípios e centros de referência.

De acordo com a meta internacional o Brasil precisa alcançar a taxa de prevalência de menos de um doente a cada dez mil habitantes. Esse resultado já foi conquistado nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Rio Grande do Norte. A expectativa é de que Paraná, São Paulo e Distrito Federal alcancem também esse patamar este ano.

Na semana de 18 a 24 de março haverá uma grande movimentação nacional em torno do assunto, com a realização de diversos encontros e atividades nos estados e municípios. Até lá o Ministério da Saúde concentrará esforços na capacitação de recursos humanos, divulgação de material informativo e educativo em ações descentralizadas envolvendo a comunidade.

A ênfase dada ao tema hanseníase ocorre em época apropriada: a data 27 de janeiro registrou o Dia Mundial de Luta contra a Hanseníase. Em nosso país os índices de queda da doença são animadores: dos 280 mil casos registrados na década de 90 houve uma redução para 77 mil em 2000.

Programa Saúde da Família