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Surdos e intérpretes aprovam VLibras
Usuários relatam experiências com tradutor
Entre os participantes do lançamento oficial da Suíte VLibras, nesta quinta-feira (5), em Brasília, estava Alex Silva. Surdo e professor de Língua Brasileira de Sinais (Libras) do Instituto Federal de Brasília (IFB), Silva acredita que o conjunto de soluções digitais “é um começo de um futuro que a gente está construindo”. O professor é uma das 9,5 milhões de pessoas no Brasil que serão beneficiadas com o lançamento do conjunto de softwares públicos.
Segundo o professor, a maioria dos surdos tem dificuldades com o português na internet porque a língua de sinais é o seu principal idioma. “Isto acaba se tornando um obstáculo e a Suíte VLibras diminuirá as barreiras de comunicação na web”, afirmou.
O intérprete de Libras da Câmara dos Deputados, Alexis Piér, o VLibras sinaliza o interesse do governo em tornar a informação mais acessível. “Um dos principais pontos positivos do software é o ambiente colaborativo, onde a comunidade poderá validar e sugerir novos sinais”, avaliou.
A intérprete Tatiana Elizabeth, que trabalha na profissão há mais de 20 anos, acredita que o ambiente colaborativo da WikiLibras permitirá a padronização dos sinais. “É um trabalho magnífico. Assim como na Língua Portuguesa, nós também temos nossas gírias, nosso regionalismo. E, ao sugerir novas palavras, enriqueceremos nosso vocabulário”, comentou. Termos regionais como macaxeira, aipim e mandioca poderão ser introduzidos e traduzidos pelo VLibras.
A Suíte Vlibras foi desenvolvida pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MP) em parceria com a Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e a Câmara dos Deputados. As soluções contribuem para reduzir as barreiras de comunicação e promovem o acesso de pessoas surdas aos conteúdos em computadores, dispositivos móveis e plataformas na linguagem de sinais.
A solução pode ser baixada gratuitamente no Portal do Software Público Brasileiro (SPB), Google Play e Apple Store.