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Telecentros.BR capacita primeira turma de monitores
Brasília, 17/2/2011 - O destino de Igor Aguiar (17 anos), Caroline de Souza (22) e Joacy Junior (19) poderia tê-los levado a seguir carreiras diferentes. Moradores de cidades tão distantes uma da outra (Iguape/SP, Nova Marabá/PA e Itapecuru Mirim/MA, respectivamente), eles têm em comum o sonho de atuar na área de informática. Nesta semana, o desejo deles virou realidade e aproximou ainda mais a história desses jovens, que se tornaram monitores do Telecentros.BR, programa do Governo Federal, cujo objetivo é promover a inclusão digital, principalmente em comunidades pobres.
Assim como Igor, Caroline e Joacy, outros 452 novos monitores começaram a ser treinados em todos os estados. O curso de capacitação, que vai prepará-los para atuar nos mais de 10 mil telecentros do país, terá duração de 12 meses. No próximo mês, uma nova turma com 600 monitores se juntará ao programa. A previsão é de que até 2012 sejam 15 mil jovens em todas as regiões.
As aulas são realizadas à distância, pela internet. Eles estão aprendendo o que é e qual a finalidade desses centros, o papel do monitor, noções sobre cultura digital, comunicação comunitária e outros temas voltados à tecnologia da informação. “Sempre gostei dessa área. Ser escolhido como monitor foi a melhor coisa que me aconteceu, pois é a primeira vez que trabalho e sei agora como é gratificante lidar com o público, diz Igor Aguiar, que é técnico em informática.
Ao mesmo tempo em que são capacitados, os jovens têm como missão auxiliar os usuários dos telecentros sobre o manuseio do computador, acesso, navegação e pesquisa na web. Para isso, por seis horas de atuação diária, receberão uma bolsa mensal que varia de R$ 241,50 a R$ 483, dependendo da localidade. Para o estudante Joacy Junior, ensinar as pessoas a desvendar o mundo da internet foi uma das melhores oportunidades de sua vida. “Com o dinheiro vou ajudar a minha família e guardar um pouco para pagar a minha faculdade, quando chegar a hora, revela.
Critério - Para ser um monitor, entre outros critérios, o candidato deve estar estudando ou ter concluído o ensino médio, e demonstrar interesse em trabalhos voltados à melhoria de vida nas comunidades, características que não faltaram a Caroline de Souza. A experiência de quatro anos em uma Organização Não-Governamental na área de inclusão digital foi o ponto de partida para se tornar uma monitora. “Vi o edital na internet e me inscrevi. Fiquei feliz pela minha escolha, não por causa da bolsa, mas pelo prazer em ajudar as pessoas que vêm ao telecentro, afirma.
Estudante de Sistema da Informação, Caroline acredita que com os telecentros o acesso à tecnologia deixou de ser um privilégio de poucos. “As unidades instaladas nas periferias estão atraindo muitos moradores e levando conhecimento a famílias de baixa renda, define ela, ao calcular que todos os dias cerca de 50 a 100 usuários freqüentam o telecentro de Nova Marabá/PA. “Antigamente era difícil fazer um curso de informática e esse projeto está dando agora oportunidade para quem não tem acesso ao computador, acrescenta.
Telecentro.BR é coordenado pelos ministérios do Planejamento, Comunicações e Ciência e Tecnologia. De acordo com a secretária de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento (SLTI/MP), Glória Guimarães, com esse trabalho o Governo Federal põe à disposição do cidadão, especialmente o de baixa renda, o livre acesso à rede digital. “Trata-se de um apoio fundamental nas localidades onde são desenvolvidas políticas púbicas prioritárias, melhorando a condição de vida da população e inserido conhecimento com o uso das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), explica.
O curso para os monitores foi construído pelos Pólos da Rede Nacional de Formação para Inclusão Digital. O material está disponível a qualquer interessado. Basta acessar: www.inclusaodigital.gov.br/telecentros/rede.