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Secretário do Planejamento participa de debate sobre banda larga e inclusão digital

publicado:  16/04/2015 18h19, última modificação:  16/04/2015 18h19

Brasília, 13/11/2009 - Os países que não promoverem o acesso amplo e democrático à internet de conexão banda larga estarão excluídos do comércio internacional.A idéia foi defendida pelo secretário de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Rogério Santanna, ontem no debate sobre banda larga e inclusão digital realizado no Instituto de Educação Superior de Brasília (Iesb). Para o secretário, “os concorrentes não estão mais no comércio ao lado, mas a dois cliques de distância.
 
Na sua avaliação, ao lado do telefone celular e do computador pessoal, a internet está entre as grandes invenções da sociedade atual porque democratiza a autoria e a distribuição de bens. Mas, enquanto o telefone celular está presente em todas as classes sociais, já que o acesso ao dispositivo é barato e há serviços para os diferentes níveis de renda, a internet está concentrada nas classes A e B do Brasil.
 
Por outro lado, lembrou, cerca de 32 milhões de pessoas ascenderam à classe C nos últimos anos e que não há banda larga para atendê-los. Isso porque esses serviços são caros, de baixa velocidade e concentrados nas regiões de altas rendas e densidade populacional. Segundo o secretário, o acesso à banda larga está ligado a quatro fatores: educação, idade, renda e região onde a pessoa mora.
 
Santanna disse que as grandes operadoras estão situadas nas regiões onde há alta renda e concentração populacional. Onde há renda, mas baixa concentração populacional, os pequenos provedores se encarregam de fornecer esses serviços. Nas localidades com concentração populacional e baixa renda, há os centros pagos de acesso, pequenos provedores informais e telecentros que suprem essa carência. Mas há, para ele, os condenados à desconexão eterna, que vivem no interior do país, têm baixa renda e pouca instrução.
 
Em função disso, Santanna defende que o Governo Federal utilize os 31 mil quilômetros de fibras ópticas já instaladas ao longo do território brasileiro pelas distribuidoras de energia elétrica para democratizar o acesso à banda larga.  “Não podemos alavancar o país utilizando métodos medievais e o Brasil tem a grande oportunidade de utilizar essa infraestrutura para poder fazer frente aos desafios do século 21, salientou. “Isso é fundamental para que a competição se estabeleça a preços mais baixos neste mercado.
 
O Governo Federal, com a participação do Ministério do Planejamento, está trabalhando na construção de um Plano Nacional de Banda Larga que ainda aguarda apreciação do presidente Lula.