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Secretário defende democratização da banda larga no Brasil

publicado:  16/04/2015 18h19, última modificação:  16/04/2015 18h19

Brasília,  1/10/2009 - Os serviços de banda larga no Brasil são caros, de baixa velocidade e concentrados nas regiões com alta concentração de renda e população. A avaliação foi feita pelo secretário de Logística e Tecnologia da Informação (SLTI), Rogério Santanna, no Seminário sobre a Universalização do Acesso à Informação pelo uso das Telecomunicações, realizado ontem na Câmara dos Deputados.



Santanna defendeu a implantação de uma intranet do Governo Federal para qualificar a prestação de serviços públicos por meios eletrônicos e ampliar a inclusão digital no país.
Segundo ele, a maioria desses serviços é prestada por três empresas que detém 86% do mercado brasileiro e estão voltadas para o atendimento das classes A e B. Além disso, as velocidades de banda disponibilizadas são, em 90% dos casos, inferiores a 1 megabite. “Dois megabites é um piso mínimo quando falamos em banda larga hoje, salientou.

Na sua avaliação, as grandes operadoras estão voltadas às regiões em que há maiores rendas e concentração populacional. Nos lugares onde há renda, mas baixa densidade populacional, os pequenos provedores se encarregam de fornecer esses serviços. Nas localidades com muita concentração populacional e baixa renda, há os centros pagos de acesso, pequenos provedores informais e telecentros que suprem essa carência.
“Mas há o mundo dos condenados à desconexão eterna, que vivem no interior do país, possuem baixa renda e pouca instrução, disse. “Isso significa que o mercado não resolveu até agora os problemas da banda larga no Brasil.

Ele destacou que o preço elevado e a falta de disponibilidade foram as principais razões apontadas para ausência de internet com mais velocidade na residência pelas pessoas entrevistadas pela TIC Domicílios 2008. O levantamento é realizado anualmente pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.Br).

Para enfrentar esse problema, Santanna defende que o Estado intervenha no sentido de democratizar a banda larga no país. “A atual infraestrutura é incapaz de fazer frente ao tamanho dos desafios do país, destacou.

O projeto que está sendo elaborado pelo Governo Federal visa levar a banda larga a todos os prédios públicos e regiões do país que hoje não dispõe destes serviços. O secretário lembrou que governos de países como Estados Unidos e Austrália estão intervindo nessa área.

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