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Fórum discute democracia e Governo Eletrônico
Brasília, 03/04/2001 - A exclusão digital foi tema dos debates mais acalorados do III Fórum Global, realizado em Nápoles (Itália), no final de março, que reuniu 120 países para discutir o fortalecendo da democracia através do governo eletrônico. O Secretário de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Solon Lemos Pinto, representante brasileiro no encontro, defendeu o esforço permanente e conjunto de governo, iniciativa privada e organizações não governamentais para promover a universalização dos recursos de telecomunicação e de tecnologia da informação.
“O problema atinge todos os países, em menor ou maior grau. Não se pode deixar cristalizar uma situação onde as populações ricas tenham acesso total às facilidades e ao valor que agregam os computadores e a Internet e as telecomunicações, em detrimento da população de baixa renda. Não se pode permitir que isso seja um fator a mais de exclusão social, afirmou Solon.
O Secretário de Logística e Tecnologia da Informação disse que a delegação brasileira apresentou o projeto de governo eletrônico do país, onde já existe a preocupação de criar uma cultura digital e preparar a população para a entrada na era da informação.
“O governo tem duas iniciativas bem claras em relação a isso. Por exemplo, a colocação de pontos de Internet nas escolas públicas de todo o país. Há também uma série de ações, como a colocação de pontos de Internet nos Correios e nas representações dos órgãos públicos federais nos estados. Ficou acertado em Nápoles que os governos devem funcionar como exemplo no uso da tecnologia em prol da melhoria dos serviços, da redução de gastos e do fortalecimento da relação Estado/sociedade, que através desses mecanismos consegue ser mais intensa, mais permanente e mais fluida, disse o Secretário.
Solon Lemos Pinto destacou a formação de mais uma rede troca de informações entre países, o que agiliza o desenvolvimento do trabalho e encurta os prazos para se alcançar as metas.
“O encontro produziu muito material, o que de alguma maneira nos realimenta e nos serve ao longo do tempo como fonte de consulta. Nossos maiores objetivos são oferecer bons serviços públicos, desburocratizar os processos administrativos, manter a transparência e conseguir alcançar uma relação profissionalizada com os clientes do Estado. Muito disso se faz através da tecnologia da informação. E se for feito, o país certamente estará fortalecendo o regime democrático.