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Estratégia de Governança Digital é apresentada à comitiva da União Europeia

Representantes brasileiros e europeus debateram tema no Ministério das Relações Exteriores

publicado:  17/11/2015 16h11, última modificação:  17/11/2015 16h11

Representantes da União Europeia conheceram hoje (17) a proposta do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MP) para construir a primeira Estratégia de Governança Digital (EGD) para o governo federal. O documento orientará as ações de Tecnologia da Informação e das Comunicações (TIC) para os 224 órgãos integrantes do Sistema de Administração dos Recursos de Tecnologia da Informação (Sisp) entre 2016 e 2019. O “VIII Diálogo Brasil - União Europeia sobre sociedade da informação” acontece no Ministério das Relações Exteriores (MRE), em Brasília.

Ao expor a EGD, o diretor do Departamento de Governança e Sistemas da Informação do MP, Wagner Araújo, ressaltou a importância do debate com outras nações. “Buscamos aprender com países líderes em e-Democracia e, na União Europeia, existem bons exemplos que podem ser aplicados no Brasil”, afirmou.

Alinhada ao Plano Plurianual que está em discussão, a estratégia brasileira é baseada em pilares como o oferecimento de melhores serviços públicos ao cidadão, ampliação do acesso à informação e aumento da participação social em políticas públicas. A proposta da Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação (SLTI) é transformar o governo numa plataforma aberta para a sociedade e voltada ao autosserviço, sem necessidade de interação com servidores. O documento será lançado até o fim deste ano pela SLTI.

Os impactos da implantação da EGD serão sentidos pelos 94,2 milhões de brasileiros que utilizam a internet. O dado é da pesquisa TIC Domicílios 2014, do Comitê Gestor da Internet (CGI).

União Europeia

Na Europa, existe atualmente a necessidade da criação de um Mercado Único Digital. A proposta é baseada em um melhor acesso dos consumidores às empresas e aos bens e serviços digitais no continente, na criação de condições para o desenvolvimento de redes digitais e serviços inovadores; e na otimização do potencial de crescimento da economia no setor.

Além de conhecer a EGD, a comitiva veio ao Brasil debater assuntos como computação em nuvem e uso de 5G. “Para o lado europeu, nós consideramos que a colaboração com o Brasil tem tido muito êxito, porque não é só na área de instituição, não é só na área política, tem um lado prático e concreto, além de ser franca e aberta”, disse Mario Campolargo, diretor para a internet do futuro desta Comissão da União Europeia.

Segundo Campolargo, um dos problemas enfrentados pelos europeus está na falta de qualificação profissional. Cerca de 47% da população ainda não dispõe de competências adequadas em TIC e Campolargo prevê que 90% dos postos de trabalho exigirão habilidades na área