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Cresce o número de usuários de Tecnologias da Informação no país

publicado:  16/04/2015 18h19, última modificação:  16/04/2015 18h19

Brasília, 27/3/2009 - A mais recente pesquisa TIC Domicílios mostra que 25% dos domicílios brasileiros possuem computador e o acesso à internet foi identificado em 18% das casas. Desse percentual, 28% das famílias que possuem computador residem na cidade enquanto no campo esse dado cai para 8%. No estudo anterior divulgado no ano passado, 19,6% dos domicílios possuíam computador e a internet estava presente em 14,5% deles.

Os dados constam da 4ª Pesquisa Sobre Uso das Tecnologias da Informação e da Comunicação no Brasil (TIC Domicílios 2008), divulgados nesta quinta-feira, dia 26 de março, pelo Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br). O levantamento traz pela primeira vez o mapeamento da área rural do país, que  possibilita identificar um quadro ainda mais completo sobre a posse e o uso das Tecnologias da Informação e Comunicação no País.

Com relação ao acesso à Internet, enquanto 20% dos lares na área urbana estão conectados à rede, a posse de uma conexão foi identificada em 4% dos domicílios na zona rural. Outro destaque é a presença da banda larga nas residências, identificada em 58% na área urbana. O percentual é quase duas vezes maior em relação às conexões dial-up, com 31%.

Apesar da baixa penetração, entre 2007 e 2008 o número de usuários com notebooks cresceu de 1% para 3% nos domicílios localizados na área urbana. Os pesquisadores acreditam que há uma tendência de as pessoas considerarem o requisito da mobilidade como sendo um fator relevante na aquisição do primeiro computador.

A pesquisa traz ainda dados sobre o uso da Internet: 38% dos entrevistados em zona urbana afirmaram ter usado a rede nos três meses anteriores à pesquisa, sendo que entre jovens de 16 a 24 anos esse número chega a 67%. As regiões Norte e Nordeste apresentaram os menores índices, ambas com 30%.

“Mesmo que a população brasileira resida majoritariamente nas cidades, se  analisarmos os dados urbanos e rurais separadamente, percebemos diferenças expressivas. Por esse motivo, decidimos ampliar o escopo da pesquisa, afirmou Juliano Cappi, analista de Informações do CETIC.br. “Com isso, também será possível estabelecer uma base de comparação mais consistente da nossa realidade com estudos internacionais, completou.

Acesso às TICs
Os resultados deste ano indicam que, de forma geral, continua em todo o país o avanço das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs). Como visto em anos anteriores, a presença das TICs é mais significativa em domicílios com maior renda familiar e localizados nas regiões economicamente privilegiadas.

A televisão aparece em quase todos os lares urbanos, 98%; seguida pelo rádio, com 87% e telefone celular, com 76%. A tendência de queda no número de telefones fixos e do crescimento da posse de celulares foi novamente registrada, indicando uma mudança de comportamento do usuário. Se analisarmos os números da posse de telefone fixo nas residências desde 2005, notamos uma diminuição de 14 pontos percentuais. Já a proporção de lares com telefone móvel apresentou um aumento de 15 pontos no mesmo período.

Local de Acesso à Internet
Seguindo as edições anteriores, os centros públicos de acesso pago, as “lanhouses, continuam sendo o principal local de conexão à Internet no país, apontados por 48% dos brasileiros. Em segundo lugar, figuram os domicílios, com 42%; a casa de outras pessoas e o trabalho, com 22% e 21%, respectivamente.

No campo, a importância das “lanhouses no processo de inclusão digital mostrou-se ainda maior: 58% dos internautas navegaram na web através destes locais. Para o secretário de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento e membro do Comitê Gestor da Internet no Brasil, Rogério Santanna, a relevância das lanhouses reflete a ausência de uma infra-estrutura de banda larga massificada em todos os municípios brasileiros.

“À medida que aumenta a renda e o acesso à banda larga do domicílio, o uso da lanhouse diminui, analisou. Ele lembrou que embora o Governo Brasileiro tenha feito muitos esforços para massificar a banda larga, ainda não conseguiu levá-la a todos os municípios brasileiros.

Segundo ele, a ampliação dessa infra-estrutura, prevista pelo Programa Banda Larga nas Escolas, deverá estar concluída somente em 2010. Esse programa pretende levar, até o final do próximo ano, internet banda larga a todos os alunos das escolas públicas do ensino fundamental e médio situadas na área urbana das cinco regiões do Brasil. Isso representa uma cobertura de 83% dos alunos de escolas públicas matriculados em 56 mil escolas da rede urbana do país.

Barreiras
Assim como nos anos anteriores, as principais barreiras para a posse e o uso dos PCs são: o custo, citado por 75% dos respondentes; a falta de necessidade e de interesse, com 34%; e a falta de habilidade, com 29% das citações.

Já os obstáculos referentes à conexão à Internet foram: custo, com 54%; locais alternativos de acesso, mencionado por 21%; seguidos pela falta de interesse e disponibilidade na área, com 18% e 17%, respectivamente. A principal barreira para o uso da Internet continua sendo a falta de habilidade, com 61% das menções.

“Considerando-se a inclusão da análise do meio rural, constatou-se que a falta de
pontos de acesso à web nesses locais é um dos principais desafios para a inclusão digital em todo o país, complementa Cappi.

Acesso sem fio
Um dos exemplos das profundas diferenças entre campo e cidade é a posse do telefone celular. Na área urbana, ele está presente em 76% dos lares, enquanto na rural a penetração não ultrapassa 52%.

Com relação ao uso do telefone móvel, 67% dos brasileiros declararam ter utilizado um aparelho nos últimos três meses, número que chega a 70% na cidade. Isso faz do celular um dos principais vetores de inclusão dos brasileiros no uso das tecnologias de informação e comunicação.

O conteúdo completo desses módulos está disponível no endereço http://www.cetic.br/. Em abril, serão divulgados os resultados sobre segurança, email, spam e comércio eletrônico, bem como os indicadores da pesquisa TIC Empresas 2008.

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