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Comércio via internet é mais uma etapa do Governo Eletrônico

publicado:  16/04/2015 18h19, última modificação:  16/04/2015 18h19

Brasília, 14/03/2001 - O Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Martus Tavares, ressaltou a importância de mais uma parceria entre o governo e a iniciativa privada, na instalação do Comitê Executivo do Comércio Eletrônico. A cerimônia, realizada nesta Quarta-feira, dia 14 de março, na Confederação Nacional da Indústria, contou com a presença dos ministros Alcides Tápias, do Desenvolvimento, o Indústria e Comércio, e Ronaldo Sardemberg, da Ciência e Tecnologia. Segundo ministro Martus, o comércio eletrônico é um novo passo na intensificação da oferta de serviços públicos via Internet.

“A instalação do Comitê está inserida numa política mais geral de tecnologia da informação no que diz respeito ao governo eletrônico, à transparência na prestação de serviços e à criação de mecanismos para que a sociedade exerça um controle sobre as ações do governo. E a articulação entre os setores público e privado denota uma forma nova de fazer o que tem que ser feito, e que não necessariamente precisa ser feito pelo Estado, obrigando-o a criar uma nova unidade na estrutura administrativa, disse o Ministro do Planejamento.

Martus Tavares lembrou que o objetivo do governo é tornar a sociedade brasileira contemporânea dos acontecimentos, principalmente no que diz respeito à tecnologia da informação. O Ministro afirmou que o Comitê se situa no âmbito dessa moderna sociedade, baseada na forma eletrônica de controle e prestação de serviços e transações sociais.


 

“O papel do governo é justamente buscar a universalização do acesso à Internet, para que o acesso privilegiado de hoje não seja fator de aumento de desigualdades sociais, disse Martus, lembrando que o programa Sociedade Informação, que  utiliza  recursos do Fundo de

Universalização das Telecomunicações, tem R$ 1 bilhão previstos no Orçamento de 2001.

O próprio governo, através do Ministério do Planejamento, já se antecipou na questão do comércio eletrônico e vem trabalhando junto a empresários desde o ano passado, quando teve início o processo de compras via Internet. A Subsecretária de Logística e Tecnologia da Informação, Renata Vilhena, explica o processo.

“O primeiro pregão eletrônico aconteceu no Planejamento, no dia 29 de dezembro de 2000, para a compra de três veículos. Foi nossa primeira licitação eletrônica e obtivemos pleno êxito, e por isso queremos incentivar a atividade em vários outros ministérios. Conseguimos uma economia de cerca de 25%, num processo muito ágil que propiciou que empresas de fora de Brasília pudessem marcar sua participação sem se deslocar até a capital. É o governo se mostrando como um agente de renovação. O próximo pregão deve ocorrer ainda no mês de março, adiantou Renata.

Varejo eletrônico – Um estudo da Confederação Nacional do Comércio – O Comércio, a Internet e os Organismos Internacionais – mostrou que apesar da rápida difusão do uso da rede no Brasil, sua utilização comercial ainda é pequena. Acredita-se, no entanto, que o comércio virtual seja um setor promissor para a expansão dos negócios via Internet no país, e um dos que oferece reais possibilidades para pequenas empresas.

Segundo pesquisa realizada pelo Boston Consulting Group, o comércio eletrônico no Brasil iria gerar um faturamento de US$ 68 milhões em 1999, mas os números superaram as expectativas, chegando a US$ 77 milhões. Ao contrário do que é verificado em outros países, o setor de supermercados lidera o varejo eletrônico (faturamento de US$ 29 milhões em 1999), as livrarias aparecem em segundo lugar (US$ 15 milhões), os computadores em terceiro (US$ 6 milhões), seguidos de perto pelos eletrodomésticos (US$ 5 milhões) e as vendas on line de CDs (US$ 4 milhões).

Por outro lado, recente pesquisa do Ibope/Cadê? mostrou que 32% dos usuários brasileiros da Internet declararam já ter comprado alguma vez na rede, 48% admitiram que comprariam e 19% disseram que não comprariam.