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Banda larga beneficiará 56 mil escolas até 2010

publicado:  16/04/2015 18h19, última modificação:  16/04/2015 18h19

Brasília, 6/11/2008 - A conectividade e os desafios para a universalização da banda larga no país foram debatidos nas plenárias realizadas nesta quinta-feira (6/11), na 7ª Oficina para Inclusão Digital, realizada em Belém.

Segundo o secretário adjunto de Logística Tecnologia e Informação do Ministério do Planejamento, Rodrigo Assumpção, este tema está na pauta desde a primeira Oficina, realizada em 2001. “Muitos avanços já ocorreram nessa área desde então, afirmou.

Assumpção citou como exemplo o Programa Banda Larga nas Escolas, lançado este ano pelo presidente Lula, que vai levar essa tecnologia a 56 mil escolas públicas urbanas do país até 2010, atendendo a 87% dos alunos da rede pública brasileira.  Até o fim deste ano 20 mil escolas serão conectadas, mais 20 mil até 2009 e o restante terá internet até 2010. A iniciativa é resultado de um acorde entre o Governo Federal e  as empresas de telecomunicações.

Ele também destacou que o  Ministério das Comunicações através do Programa Gesac ( Governo Eletrônico de Serviço de Atendimento ao Cidadão ) implementou 3.600 pontos de presença e acaba de realizar um pregão para contratar serviços de conectividade para mais 8.400 pontos. Mesmo assim, Assumpção reconheceu que ainda esse tema requer muitos avanços porque a conectividade é imprescindível para a inclusão digital.

No Estado do Pará, por exemplo, 17,7% da população utiliza a internet nas escolas e 82% dos habitantes nunca teve acesso à rede mundial de computadores. De acordo com o secretário adjunto da Secretaria de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia, João Wely, a democratização do acesso em banda larga é possível através de políticas públicas e de parcerias que possam ajudar a esta viabilidade.

O coordenador do Projeto Piraí Digital, Franklin Coelho, por sua vez, defendeu que implementar uma cidade digital é ir muito além do que oferecer infra-estrutura.  O Projeto Piraí Digital cobre todo o município e cidades vizinhas com conexão e uso de software livre nos diversos programas e serviços oferecidos à população. Na avaliação de Coelho, muito mais que dinamizar a economia do município, o projeto cria possibilidades de desenvolvimento humano.

Telecentros - O papel dos telecentros também foi assunto da 7ª Oficina para Inclusão Digital que ocorre até amanhã, em Belém. Para o diretor do Instituto de Pesquisa e Projetos Sociais e Tecnológicos (IPSO), Carlos Seabra, os telecentros precisam focar suas ações em projetos de aprendizagem e não apenas no oferecimento de cursos.

Na sua opinião, esses espaços de acesso também devem se articular em rede e estar abertos à integração de novas tecnologias como permitir o uso de celulares com o computador.  “A internet precisa ser apropriada politicamente pelas pessoas e os telecentros têm papel fundamental nisso, salientou.

A coordenadora do projeto BH Digital, Silvana Veloso, reiterou a necessidade do envolvimento da comunidade nos projetos de inclusão digital porque avalia que o poder público não é capaz de fazer isto sozinho. Segundo Silvana, o projeto também instala computadores com acesso à internet nas escolas e garante a manutenção das máquinas. Para assegurar o funcionamento desses laboratórios, a prefeitura capacitou jovens aprendizes que prestam assistência aos alunos e ajudam os professores a usar a tecnologia didaticamente nas diversas disciplinas.

Ela acredita que o maior desafio da inclusão digital é possibilitar que as pessoas utilizem a internet para produzir conhecimento e que essa ferramenta contribua para a consolidação de uma sociedade mais democrática e transparente.

Condomínio Digital - O caso de sucesso apresentado nesta plenária foi o de Pirambu Digital (www.pirambudigital.com), desenvolvido no bairro periférico do mesmo nome em Fortaleza. Pirambu tem 350 mil habitantes e alto índice de violência, conforme o diretor da iniciativa, Bruno Queiroz.

Os coordenadores do projeto fizeram uma pesquisa e descobriram que havia apenas meio computador para cada habitante e por quadra do bairro. A partir daí criaram o projeto condomínio digital no qual cada grupo de 10 moradores tem um síndico que recebe um computador e a conexão. Dessa maneira, as residências podem acessar à internet ao custo de R$ 35,00 mês cada e o morador tem condição de adquirir um computador pagando R$ 10 por mês, durante dez meses.

O sonho de possibilitar o acesso às tecnologias da informação e comunicação às comunidades que vivem na periferia de Santarém, no Pará, também mobilizou a organização Puraqué a desenvolver um projeto de inclusão digital junto à população que vive na periferia da cidade. A iniciativa iniciou em 2000 com o oferecimento de oficinas básicas de informática e já capacitou mais de duas mil pessoas dessas comunidades.