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Austrália cria rede estatal para massificar o acesso à banda larga
Brasília, 17/07/2009 - Levar a internet de alta velocidade a 90% das residências, escolas, órgãos públicos e empresas do país. Essa é a meta do governo da Austrália, que vai implantar uma rede estatal, em parceria com empresas privadas, para a prestação de serviços de banda larga acima 100 megabites por segundo. A velocidade é cem vezes superior à utilizada pela maioria da população local.
A previsão é atingir esses resultados num período de oito anos a um custo de 48 bilhões de dólares australianos. Após esse prazo, o governo daquele país pretende entregar a rede para a administração das empresas parceiras. As primeiras instalações devem ser implantadas na Tasmânia, um dos estados com menor cobertura de serviços de banda larga no país. A intenção é gerar 15 mil empregos diretos na instalação de fibras óticas no território australiano.
A expectativa é promover benefícios em diversas áreas. “Essa nova rede irá melhorar a produção australiana e trazer benefícios para a economia, contribuir na batalha contra as mudanças climáticas e melhorar a conexão e a prestação de serviços públicos em áreas menos assistidas, afirma um documento sobre o projeto.
A iniciativa foi apresentada na Austrália ao secretário de Logística e Tecnologia da Informação (SLTI) do Ministério do Planejamento, Rogério Santanna, pelo diretor do Departamento de Banda Larga do Ministério das Comunicações da Austrália, Colin Lion.
Para Santanna, a iniciativa mostra que não apenas no Brasil o Estado tem um papel central na política de expansão da infraestrutura de banda larga, já que mesmo em países desenvolvidos o mercado de telefonia não conseguiu atender às demandas sociais impostas pela sociedade da informação.
O secretário destacou o Programa Banda Larga Nas Escolas, que já conectou 29.520 escolas urbanas de todo o Brasil até o segundo trimestre de 2009. A meta é chegar a 56 mil até o final de 2010. Esse número contempla todos os alunos das escolas públicas do ensino fundamental e médio situadas na área urbana das cinco regiões do país.
O Programa é fruto de um acordo entre o Governo Federal e as operadoras de telefonia que concordaram trocar nove mil pontos PST (Postos de Serviços de Telecomunicações) por 1 ponto de acesso rápido à rede em cada uma das 56,7 mil escolas públicas previstas.