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Soluções simples deixam condomínios do Minha Casa Minha Vida limpos e agradáveis

Em Atibaia (SP), medidas de baixo custo melhoram o dia a dia dos moradores e reduzem impactos ambientais

publicado:  14/07/2015 21h44, última modificação:  14/07/2015 21h44

Em Atibaia, no interior de São Paulo, os condomínios Jerônimo de Camargo 1 e 2 implantaram quatro medidas para melhorar o dia a dia dos moradores e, sobretudo, reduzir os impactos ao meio ambiente com a chegada de 700 famílias e quase 3 mil moradores nos blocos de apartamentos.

A mais simples dela foi a utilização da vaga verde para o estacionamento dos carros dos condôminos. Todas as garagens são cimentadas na área em que o pneu do carro fica sobre e contam com faixa intermediária de grama.

A ideia, explica o engenheiro Guilherme David - um dos responsáveis pela obra -, é melhorar a drenagem do conjunto, evitando o acúmulo de água após as chuvas, descartando, assim, a existência de lama e água parada, que poderia contribuir para proliferação de mosquitos – entre eles o da Dengue.

Outra ação implementada diz repeito à pequena inclinação do terreno do condomínio (talude), que foi protegido com grama. A intenção é evitar erosão no local e ainda contribuir para a drenagem desses residenciais, a exemplo do que ocorre com as vagas verdes. Quando chove, a água escorre das áreas íngremes para as caneletas de drenagem. E a grama evita erosão nas encostas.

Os gramados consumiram nos dois residenciais 22,6 mil metros quadrados. Em todo o condomínio, o paisagismo feito espalhou quatro tipos de plantas diferentes, algumas delas com flores - pouso para pássaros e abelhas -, contrapondo à imagem concretada dos prédios.

“Aqui, a gente não vê somente uma ilha de concreto. Você vê árvore, vê besouro, beija-flor. Os residenciais trazem para cá um miniecossistema, que se não fosse o paisagismo não teria. Isso cria um ambiente mais leve para o condomínio”, ressalta o engenheiro Guilherme David.

O complexo também está preparado para enfrentar a escassez de água. Ele foi projetado com duas caixas d´água de 204 metros cúbicos e dois reservatórios inferiores, de 84 e 68 metros cúbicos, que são acionados automaticamente sempre que há risco de desabastecimento nos prédios. Esse sistema de estoque garante o abastecimento dos residenciais por até três dias, caso acabe a água nas caixas elevadas.

“Há condomínio de alto padrão que não tem o que temos aqui. Quando a sustentabilidade é pensada desde o início do projeto, é possível viabilizar, porque você tem mais tempo de discutir, dilui o custo e consegue implantar da melhor forma. E são soluções simples, como a da grama”, avalia o engenheiro.

Estação de tratamentoOutro diferencial do condomínio é a estação de tratamento de esgoto, capaz de processar todos os dejetos e devolvê-los a um córrego próximo da vizinhança, com 98% de Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO). Os conjuntos Jerônimo de Camargo 3, 4 e 5, que estão em construção e têm previsão de entrega para 2016, também terão estações de tratamento de esgoto próprias.

Na prática, 100% dos dejetos dos 700 apartamentos e da área comum dos prédios são direcionados para a estação, passam pelo sistema de gradeamento para separação de entulhos, seguem para a estação elevatória, onde se processa o restante do tratamento. Ao final do processo, o esgoto recebe dose de cloro, de acordo a legislação ambiental, retomando praticamente puro ao córrego.

Fonte: Agência Caixa de Notícias