Brasília, 8/2/2012 - A presidenta Dilma Rousseff visitou, nesta quarta-feira (8), as obras do Projeto de Integração do Rio São Francisco, que irá levar água para 12 milhões de pessoas que vivem no semiárido,   beneficiando 390 municípios dos estados de Pernambuco, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte. Em Pernambuco, ela enfatizou que a obra é desafiadora, estratégica e prioritária para o governo e para o País. “Nós daremos integral apoio, e mais: queremos resultados.

foto: Roberto Stuckert Filho/PR

A obra integra o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), tem cerca de 700 km de extensão e é composta por canais, barragens, estações de bombeamento, aquedutos e túneis. 
Segundo a presidenta, os problemas técnicos foram resolvidos e que irá retornar ainda este ano para visitar as obras, assim como irão também os ministros e o Grupo Executivo do PAC (Gepac), que fará o monitoramento in loco.

Dilma avaliou a importância da obra para dar condições de uma agricultura diferenciada em uma região que tem como característica a seca. “Nossa meta é a garantia de água. Ela afirmou que nunca houve problemas de recursos para a obra do São Francisco. Também destacou que o governo pretende “tirar o investimento público do papel para garantir o crescimento econômico e a melhoria das condições de vida da população. “Tem certas obras que são estruturantes, são prioritárias. Essa é uma obra estruturante e prioritária para o Nordeste.

Acompanham a presidenta o ministro da Integração, Fernando Bezerra, a ministra do Planejamento em exercício, Eva Chiavon, o secretário do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), Maurício Muniz, o ministro dos Transportes, Paulo Passos, o diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Bernardo Figueiredo, e representantes da Casa Civil.

Para o secretário do PAC, a visita da presidenta marca uma nova fase da obra. “É o fim do ciclo de renegociação dos contratos e o início da fase de retomada com vigor das obras a partir dos contratos repactuados, diz Muniz. Ele definiu a importância da obra como fundamental para o consumo da população e para produção agrícola. “O impacto para o Nordeste é enorme.

A partir de março, 13 dos 16 lotes que compõem os eixos Norte e Leste estarão com as ordens de serviço emitidas. “A perspectiva é que as obras de integração do São Francisco retomem fortemente este ano, ressaltou o secretário do PAC. Ele explicou que há seis metas a serem cumpridas para as obras nos dois eixos. A primeira, com conclusão em 2012, vai da captação no reservatório de Itaparica até o reservatório Areias, ambos em Floresta (PE). Outras metas terão término em 2014, e a sexta será alcançada em 2015.

Obras do São Francisco

As obras estão divididas em dois eixos: Norte e Leste. No eixo Norte, com captação no rio São Francisco, próximo à cidade de Cabrobó (PE), percorrerá 402 km, conduzindo água aos rios Salgado e Jaguaribe (CE); Apodi (RN); e Piranhas-Açu, (PB e RN). Beneficiará 7,1 milhões de pessoas nos estados de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte.
Já o eixo Leste, com captação no lago da barragem de Itaparica, no município de Floresta (PE), percorrerá 220 km até o rio Paraíba (PB), após deixar parte da vazão transferida nas bacias do Pajeú, do Moxotó e da região agreste de Pernambuco, beneficiando mais de 4,5 milhões de pessoas nos estados da Paraíba e Pernambuco.

O Projeto São Francisco emprega, hoje, 3.900 trabalhadores. Com a remobilização das obras e com o fim do período de chuvas, deve empregar 6.500 pessoas.

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