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Obras do BRT Transoceânica são iniciadas em Niterói

publicado:  25/09/2014 14h06, última modificação:  27/05/2015 19h44

O projeto de mobilidade urbana está saindo do papel em Niterói, no Rio de Janeiro, para transformar o transporte público de massa na região. Os ministros Miriam Belchior (Planejamento) e Gilberto Occhi (Cidades) assinaram nesta quinta-feira (25/9) com o prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, a ordem de início das obras do BRT TransOceânica, principal projeto de reestruturação urbana da cidade.

A obra integrada será realizada numa parceria do governo federal e a prefeitura de Niterói e está avaliada em R$ 310 milhões. São 9,3 quilômetros de extensão com 13 estações, dois túneis e capacidade de transportar 80 mil passageiros por dia. Inicialmente são 700 trabalhadores na obra, mas no auge dos trabalhos, esse número chegará a 1.036. O prazo de execução da obra é de 24 meses.

Veja imagens de como ficarão as obras da Transoceânica em Niterói.


"O que estamos construindo é resultado de muito planejamento", afirmou o prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, pouco antes de descerrar a placa de início da obra juntamente com os ministros Miriam Belchior (Planejamento) e Gilberto Occhi (Cidades). "Essa obra é um marco porque muda o paradigma da mobilidade em Niterói. Ano que vem já teremos o túnel perfurado e em 2016 nós inauguramos. É o primeiro BHLS de Niterói. Primeiro BHLS da América do Sul", comemorou.

O prefeito disse ainda que o BRT prepara desenvolvimento sustentável de Niterói para os próximos 30 anos. Além da obra do corredor expresso de ônibus, a parceria com o governo federal significará investimentos em drenagem e pavimentação. "Essa integração com governo federal vai levar a cidade ao topo de qualidade de vida."

Para a ministra Miriam Belchior, a obra é a realização de um compromisso com a população de Niterói e contribui para gerar emprego e renda na cidade. 

"Essa obra simboliza um modelo ideal de obras de mobilidade. Primeiro ela está centrada no transporte coletivo urbano. Não queremos fazer obra viária, priorizamos transporte coletivo e de massa. Esse é um centro do projeto", afirmou a ministra. 

O ministro das Cidades, Gilberto Occhi, destacou que o início das obras do BRT Transoceânica ocorre na Semana do Trânsito e que o projeto é simbólico do que o país precisa para melhorar o transporte público. "Temos que ter todas as alternativas de modais de transporte", disse ele, lembrando que a Transoceânica estará integrada a ciclovias, facilitando a vida de quem quiser circular pela cidade de bicicleta.

Grande parte do projeto conta com ciclovias e bicicletário nas estações. O BRT TransOceânica é um projeto intermodal, integrando ônibus, bicicletas e estação hidroviária. O tempo de deslocamento até o centro do Rio de Janeiro, que atualmente dura aproximadamente duas horas, será reduzido para 30 minutos.

O BRT terá um sistema de modal inovador no Brasil, o Bus of High Level of Service (BHLS) é um modelo de ônibus menor com portas nos dois lados, permitindo integração nos dois lados das pistas, também conhecido como 'MetroBus'. O BHLS permite que os passageiros possam embarcar em faixas que não são exclusivas e nos seus próprios bairros. Após o embarque, os ônibus retornam à faixa exclusiva.

Em setembro de 2013, Niterói, São Gonçalo e Nova Iguaçu foram contemplados com anúncio de R$ 2,6 bilhões de recursos para obras e projetos de mobilidade urbana, fundamentais para o desenvolvimento das cidades e prioridade do governo federal. Entre os empreendimentos previstos, está a implantação da Linha 3 do Sistema Metropolitano que integrará os três municípios fluminenses.

O contrato de financiamento para o projeto foi assinado em novembro de 2013 pela ministra do Planejamento, Miriam Belchior, e o prefeito de Niterói, Rodrigo Neves.