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Aumenta o número de brasileiros com carteira assinada, revela pesquisa
Dados da Pnad mostram também que a renda do trabalho continuou a subir mais do que o ritmo da economia
O número de trabalhadores com carteira assinada cresceu 3,6% no ano passado, com relação ao ano anterior. É o que revela a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada pelo Instituo Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). A pesquisa também mostra que a renda do trabalhador segue em expansão, com elevação de 5,7% em relação a 2012. Esse é o maior aumento anual da renda do trabalho por brasileiro desde 2006.
"A renda do trabalho por brasileiro subiu quatro vezes mais que o PIB. É uma tendência que vem se mantendo há mais de dez anos. Ao contrário dos outros países, em que a economia cresce mais, o País está garantindo uma melhoria real na qualidade de vida de seus trabalhadores", afirma o ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República, Marcelo Neri.
Formado por 36,8 milhões de pessoas em 2013, o contingente de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado registrou acréscimo de 1,3 milhão de trabalhadores. Em 2008, o contingente era de 30,2 milhões, o que representa um acréscimo de 22%.
O aumento de empregos formais ocorreu em todas as regiões, com destaque para o Nordeste (6,8%) e o Sul (5,3%). A comparação entre 2008 e 2013 mostrou que as regiões Nordeste e Centro-Oeste apresentaram os maiores percentuais de expansão de trabalhadores com carteira de trabalho assinada no setor privado – 30,1% e 34,5%, respectivamente.
"A elevação do número de empregos com carteira assinada, aliada ao aumento do rendimento médio do trabalho, representam passo fundamental para a garantia de cidadania, inclusão produtiva e bem estar social", diz Silvani Alves Pereira, da Secretaria de Políticas Públicas de Emprego, do Ministério do Trabalho e Emprego.
MCMV e o mercado de trabalho
Três pesquisas distintas, realizadas por institutos diferentes e divulgadas este ano mostram que o programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), tem impacto decisivo na indústria de construção civil e sobre o nível de emprego no país.
De acordo com dados do Ministério das Cidades, o MCMV foi responsável pela abertura direta e indireta de 1,2 milhão de postos de trabalho no setor em 2013. Em 2009, primeiro ano do programa, foram criados mais de 158 mil empregos dentro do Minha Casa Minha Vida.
O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, informa que o setor da construção civil abriu 75.725 empregos com registro em carteira nos primeiros quatro meses de 2014. No contexto geral, o país vem mantendo um nível positivo na criação de empregos e sem indicativos de que essa tendência se reverta nos próximos meses.