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O pior da crise já passou, diz Bernardo na abertura do Clad

publicado:  07/04/2015 18h24, última modificação:  07/04/2015 18h24

Salvador 27/10/2009 --  O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, assegurou na noite desta terça-feira, em Salvador, que o Brasil já tem todas as condições para que a economia cresça em torno de 5% no ano que vem. Segundo ele, apesar de em 2009 o crescimento ficar em torno de 1%, a massa salarial do país já está 2,3% acima do mês de setembro do ano passado, quando fomos atingidos pela crise econômico-financeira que trouxe dificuldades para  o mundo inteiro.


Foto: JS Vídeo/Divulgação.

“Esse crescimento baixo em 2009 acontecerá porque tivemos um resultado muito ruim no primeiro semestre. Quando a crise começou, em 2007, estávamos num momento de crescimento econômico bastante acelerado, por isso, naquele ano ainda crescemos 5,7%. No ano passado, mesmo atingidos pela crise no final de setembro, ainda conseguimos um crescimento de 5,1%. Agora estamos retornando aos níveis de antes da crise, afirmou o ministro diante de uma platéia formada por cerca de duas mil autoridades governamentais de 22 países-membros do Centro Latino-Americano de Administração para o Desenvolvimento - Clad.

Foto: JS Vídeo/Divulgação.

Ao lado do governador da Bahia, Jaques Wagner, e do presidente do Clad, Ramon Ventura Camejo, Paulo Bernardo participou da solenidade de abertura do 14º Congresso Internacional do Clad, no Hotel Pestana/Rio Vermelho. Até sexta-feira, os responsáveis pelas políticas públicas dos países latinos vão discutir os problemas comuns e trocar experiências sobre administração pública e reforma do estado.
 
Bernardo citou a recuperação da economia brasileira para deixar claro aos participantes do congresso a oportunidade da discussão: este é precisamente o momento de se discutir o papel do Estado.
 
“E não estamos falando de uma discussão ideológica, mas de pensar qual a dimensão necessária do Estado para fazer o País avançar, melhorar a distribuição de renda e modernizar a economia para se inserir no contexto internacional, afirmou o ministro, destacando ainda que, acima de tudo, o Estado tem o dever primordial de proteger os direitos do cidadão e promover a igualdade social tanto quanto possível.

Foi essa busca, na sua opinião, que permitiu que os efeitos da crise não fossem tão sentidos no Brasil. “Passamos, nos últimos anos, por uma mudança importantíssima, afirmou. Além das medidas emergenciais tomadas pelo governo, o poder aquisitivo da população, graças às políticas econômicas e sociais, manteve o mercado funcionando, completou o ministro.
 
Também o anfitrião do encontro, o governador Jaques Wagner, destacou a importância do Estado na superação da crise. Afirmou que a Bahia tem programas importantes que serão mostrados no Congresso e que podem servir como modelos para outros países latinos. Citou, especificamente, a os programas Agenda Bahia do Trabalho Decente, que busca qualificar trabalhadores e dar oportunidades de emprego: e o Compromisso Bahia, de controle dos gastos públicos.