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“Gestão em tempos democráticos é algo inédito”, afirma secretário de Gestão no Clad

publicado:  07/04/2015 18h24, última modificação:  07/04/2015 18h24

Salvador, 28/10/2009 – O secretário de Gestão do Ministério do Planejamento, Marcelo Viana, disse que o novo tipo de governança que o Brasil e os demais países da América Latina estão preparando em tempos democráticos é inédito, por estar associado à participação das forças sociais.

A avaliação foi feita durante o painel sobre os desafios da gestão pública na América Latina, com os relatos das experiências da Argentina, Uruguai e República Dominicana, além do Brasil, apresentado na manhã desta quarta-feira em Salvador, onde está ocorrendo o 14º Congresso Internacional do Clad.

Marcelo Viana, que coordenou o painel, afirmou que na conformação dessa nova governança é preciso observar que os desafios são complexos, pois o processo de tomada de decisões dentro do governo agora deve levar em conta os interesses da sociedade ali representados. “Hoje, em contexto democrático, a agenda de gestão vem de fora para dentro do Estado, afirmou.

Além disso, o secretário lembrou que, com o processo de redemocratização, nos anos 80, veio junto um passivo representado pela perda da capacidade executiva do Estado. “Hoje estamos todos fazendo grandes reformas de Estado, frisou.

“A grande questão para todos nós é montar um Estado compatível com essas novas exigências, defendeu o secretário, que citou como fundamental a criação de mecanismos de coordenação adequados e de ferramentas gerenciais para garantir a realização das ações e a legitimidade das decisões democráticas.

Viana disse que alcançar tais resultados depende prioritariamente de agregar tecnologias da informação e pessoas. “O novo profissional do serviço público não cabe mais em decisões de régua e compasso. Ele deve ir mais além e ser um burocrata negociador, segundo o secretário de Gestão.

O secretário disse que o governo brasileiro conseguiu ter êxito na política de gestão macroeconômica, já lançou as redes do crescimento sustentado, passou pela turbulência da crise financeira internacional e agora poderá se dedicar a políticas horizontais de gestão.

Acrescentou ainda que a recuperação da capacidade executiva do Estado está sendo trabalhada de modo articulado com estados e municípios. “Essa articulação é importante porque mais da metade dos servidores públicos do país estão nos municípios, destacou.