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Relatório mostra relação entre tecnologias digitais e desenvolvimento

Estudo do Banco Mundial foi lançado em seminário no Planejamento

publicado:  07/04/2016 18h03, última modificação:  07/04/2016 18h03
 
 
Debater de que maneira a internet e o acesso às tecnologias podem impulsionar o desenvolvimento econômico e social dos países. Este é o objetivo da publicação Relatório Mundial de 2016 - Dividendos Digitais do Banco Mundial, lançado na manhã desta quinta-feira (7) durante o seminário Viabilizando a Economia Digital e a Inovação no Brasil.

Foto: Gleice Mere/Ministério do Planejamento 

O evento aconteceu no auditório do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MP), que realizou seminário em parceria com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e o Banco Mundial. Cerca de 200 pessoas participaram do encontro.  
 
Na abertura, o secretário-executivo do MP, Francisco Gaetani, citou a importante parceria que o Brasil mantém com o Banco Mundial e o quanto é preciso que o país “antecipe cenários tecnológicos e protagonize essa realidade global, irreversível”, referindo-se ao uso da internet no cotidiano.
 
O secretário-executivo do MDIC, Fernando Furlan, que também compôs a mesa de abertura do seminário, reforçou a parceria entre governo e iniciativa privada na construção de modelos que ampliem o acesso e a inclusão dos brasileiros na era digital. “Nesse sentido, nossas secretarias desenvolvem ações para apoiar a criação de start-ups, buscar novos mercados, promover o comércio internacional e oferecer linhas de créditos para empresas inovadoras”, comentou. Já para o diretor do Banco Mundial no Brasil, Martim Raiser, é preciso observar o potencial das novas tecnologias em reduzir as desigualdades sociais.
 
Relatório Mundial
 
O estudo traz um panorama do desenvolvimento da internet no mundo, além de apresentar casos em que as tecnologias digitais melhoraram a qualidade de vida da população. De acordo com a pesquisa, os países que investem em tecnologia têm mais chances de acelerar seu crescimento econômico, gerar empregos e aumentar a oferta de serviços.
 
O autor do estudo, o economista do Banco Mundial Marc Schiffbauer, apresentou os principais tópicos do relatório e enfatizou a relação entre pobreza, gênero e faixa etária no acesso às novas tecnologias. Para o pesquisador, é fundamental que seja estimulada a concorrência entre empresas, incentivando a queda nos preços dos serviços.  Schiffbauer também citou a importância de legislações que garantam segurança e privacidade, já que a tendência é de que cada vez mais transações ocorram no meio virtual.
 
Desafios Globais
 
Para debater o papel do Brasil nesse contexto e apresentar o que já vem sendo feito no país, foram convidados: o chefe da Assessoria Econômica do MP, Jorge Arbache; o secretário de Inovação e Novos Negócios do MDIC, Marcos Vinícius de Souza; e o economista-chefe do Banco Mundial, Mark Dutz. O economista-principal do banco, Paulo Correa, fez a moderação da discussão.
 
Em sua apresentação, Arbache reforçou o desafio de ampliar o acesso em um contexto em que grandes empresas detém o conhecimento tecnológico. “Os benefícios das novas tecnologias devem ser simétricos, com foco na disseminação do conhecimento, na inovação e no empreendedorismo”, considerou.
 
Souza reiterou a afirmação e acrescentou que o governo já debate a elaboração de políticas públicas que permitam que mais empresas e pessoas integrem este cenário. “O desafio agora é saber em quais tecnologias e setores investir, quais questões regulatórias devem ser repensadas e que tipo de qualificação deve ser oferecida para a população”, finalizou.