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Números do IPEA mostram crescimento real do País
Brasília, 25/09/2000 - Para 2000, um superávit de US$ 800 milhões, uma taxa de desemprego de apenas 6,5% e um crescimento de 4,1% do PIB. Para 2001, a previsão de uma inflação abaixo de 4%. Esses são alguns dos números apresentados pelo grupo de acompanhamento de conjuntura do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA), que comemorou 36 anos de trabalho nesta Segunda-feira, dia 25 de setembro, com um seminário em Brasília que contou com a presença do Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Martus Tavares. O ministro ressaltou que os dados do IPEA comprovam o crescimento da economia brasileira em bases sustentadas, reafirmando convicções e previsões da equipe econômica do governo.
“Temos convicção de que essas taxas de crescimento vão se manter, mantida a política econômica e um cenário externo estável. De fato a economia brasileira vive hoje um momento excepcional, se tomarmos o período dos últimos 20 anos. A análise de conjuntura mostra flutuações de curto prazo, no entanto há uma tendência de longo prazo, um cenário favorável, afirmou Martus Tavares.
O Ministro do Planejamento lembrou que os dados da análise conjuntural da equipe do IPEA refletem a consistência, a sustentabilidade e a coerência da política econômica adotada pelo governo Fernando Henrique.
“Começamos a apressar o passo na busca de resultados. Ao mesmo tempo, houve a mudança qualitativa desses resultados, que incluem, por exemplo, a aprovação da Lei de Responsabilidade Fiscal, disse o Ministro Martus.
Martus Tavares destacou também a saída de um regime de câmbio fixo para um regime de câmbio flutuante. Na área monetária, citou a fixação de metas de inflação, que contribuiu para montar um conjunto harmônico e coerente na política econômica.
“Estamos hoje colhendo os frutos da condução da política econômica. Tenho certeza de que os resultados refletem uma situação estrutural, de longo prazo. É exatamente neste contexto que elaboramos a proposta orçamentária de 2001 e que será elaborada a proposta de 2002, com uma perspectiva de crescimento de 4 a 5%. Se foi possível cumprir as metas do programa de estabilidade fiscal de 1998 e 1999, com a economia crescendo muito menos do que 4%, cumprir a meta de 2000, com a economia em expansão, será mais fácil. Neste sentido é que procuramos conciliar responsabilidade fiscal e responsabilidade social, incluindo na proposta de 2001 uma expansão de R$ 9,5 bilhões na área social, um crescimento de cerca de 30% em relação a 2000, afirmou o Ministro do Planejamento.
Segundo dados do IPEA, o PIB cresceu 3,7% em 1997, teve um índice negativo (- 0,1%) em 1998 e ficou em 1,1% em 1999. Já o crescimento industrial de janeiro a agosto deste ano está 5,8% mais alto do que no mesmo período do ano passado. A produção de bens de capital aumentou em 9,2%.