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Governo incentivará fontes privadas nacionais e internacionais para financiar investimentos
Planejamento promove Seminário Internacional sobre o Financiamento para o Desenvolvimento
Buscar fontes privadas nacionais e internacionais para o financiamento de obras de infraestrutura de forma a viabilizar investimentos estratégicos e retomar o crescimento econômico sustentado com preservação ambiental. Este é o principal objetivo do Seminário Internacional sobre o Financiamento para o Desenvolvimento, que acontece nesta segunda-feira (25), em Brasília, promovido pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MP) e que conta com a participação de representantes de organismos e bancos de fomento do Brasil e do exterior.
Na abertura do evento, o secretário-executivo do MP, Dyogo Oliveira, destacou que o governo brasileiro está prestes a lançar um plano de investimentos estratégicos que vai abranger todas as áreas de infraestrutura. "Estamos promovendo mudanças importantes na composição do financiamento dos projetos de investimento. Até o momento, tivemos o financiamento da infraestrutura no Brasil baseado nos bancos públicos. Nesta nova fase, queremos incentivar uma participação maior e mais qualificada de fontes alternativas de financiamento, sejam elas nacionais privadas ou internacionais. E, neste sentido, queremos ouvir dos representantes das agências o papel que elas podem desempenhar nesse processo", disse.
Oliveira afirmou que o Brasil estuda alternativas para dar continuidade a agenda de desenvolvimento econômico e social alcançada nos últimos anos. Ele disse que o governo federal está fazendo os ajustes necessários para o país retomar a agenda do crescimento sustentado. "Adotamos um conjunto amplo de medidas demonstrando o esforço vultoso do governo para manter a estabilidade da economia e garantir a retomada do crescimento o mais rápido possível", comentou.
O secretário lembrou que a economia brasileira, nos últimos anos, desfrutou de estabilidade e avançou na inclusão social e no aumento da renda da população. "O crédito foi expandido, a nossa sociedade teve acesso a bens materiais e colheu ganhos importantes na qualidade de vida, na expansão da educação, do Sistema Único da Saúde e em programas de capacitação", disse. Ele acrescentou que a continuidade deste movimento exige as medidas em curso adotadas agora pelo governo. Segundo ele, o ajuste "não pode ser um fim se si mesmo, mas um processo que nos leve à retomada do crescimento", explicou.
Crescimento e preservação
Também presente ao evento, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, ressaltou a preocupação do governo brasileiro em promover uma economia sustentável e com baixa emissão de carbono. Isabela lembrou que o novo plano de investimentos, a ser lançado no mês que vem. dará atenção à preservação ambiental. "O Brasil tem pautado o tema da preservação ambiental não mais de forma reativa, mas como parte da construção de uma agenda de desenvolvimento sustentável. Não é mais possível discutir crescimento econômico sem pensar na agenda ambiental. E não há como promover um desenvolvimento inclusivo e de baixo carbono se não tivermos investimentos adequados em infraestrutura e logística", afirmou.
O seminário prossegue ao longo do dia com três painéis. Veja a programação.