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Prioridade do governo no segundo semestre é a Reforma da Previdência
"Vamos persistir na proposta de reforma da previdência aprovada em comissão especial da Câmara dos Deputados", disse o ministro do Planejamento para empresários durante debate do Lide, em São Paulo. Segundo Dyogo Oliveira, a mudança nas regras de aposentadoria dos setores público e privado é estritamente necessária para reduzir a despesa da União.
"Não vamos adotar uma reforma minimalista. Vamos persistir na reforma aprovada pela comissão especial", disse.
"Hoje, nosso déficit é 100% explicado pelo déficit da Previdência. Tudo mais é pequeno diante disso".
Foto: Carla Simões - Ascom/MP
Se nada for feito, explicou, dentro de algum tempo todo gasto do governo será 100 por cento com Previdência. Ou seja, "o governo não vai fazer mais nada" porque faltarão recursos.
Em 2017, os gastos com previdência e benefícios sociais consumirão 56,8% das despesas primárias da União, disse. O que preocupa ainda mais é a velocidade com que se aprofunda o déficit da Previdência. Esse ano chegará a uma despesa de R$ 186 bilhões e alcançará, em 2020, R$ 225,3 bilhões.
"Sem reforma da previdência, todo esforço do governo para conter gastos será insuficiente".
Acesse a apresentação do Ministro durante o evento
Corte de gastos
Oliveira nfatizou aos empresários que o Ministério do Planejamento tem feito uma ampla revisão dos gastos do governo desde o ano passado. De lá para cá, por exemplo, reduziu em R$ 3 bilhões as despesas com o auxílio-doença, revisou o Fies, cortou 4.689 cargos comissionados e diminuiu em mais de 7 por cento as despesas de custeio administrativo no primeiro semestre deste ano.
"Estamos olhando todas as despesas linha por linha".