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Presidentes do BNDES, Caixa Econômica e Banco do Brasil tomam posse em cerimônia no Planalto

Posse

Presidente Jair Bolsonaro e ministro Paulo Guedes destacam mudanças de diretrizes nas três instituições
publicado:  07/01/2019 17h25, última modificação:  07/01/2019 21h59

O ministro da Economia, Paulo Guedes, deu posse nesta segunda-feira, dia 7, aos presidentes do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Joaquim Levy; Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães; e Banco do Brasil, Rubem Novaes, em cerimônia no Palácio do Planalto. O Presidente da República, Jair Bolsonaro, participou da cerimônia e ressaltou a confiança nos novos presidentes dos bancos públicos. “Se vocês estão aqui assumindo esses postos é porque acreditam no Brasil”, frisou.

Paulo Guedes ressaltou que as instituições financeiras são lubrificantes do crescimento econômico. Segundo ele, para crescer o país precisa destravar o crédito e os três bancos terão a missão de apoiar os financiamentos para moradia, agricultura e infraestrutura. “O dirigismo econômico corrompeu e travou o mercado de crédito, promovendo uma transferência perversa de renda. Os novos presidentes dos bancos já assumem sabendo que isso está errado, para promover um olhar novo”, observou.

O ministro disse que é aceitável e desejável que haja crédito a juro reduzido para atender a população de baixa renda. Entretanto, frisou que o poder não pode ficar concentrado nessa única premissa, porque desvirtua a ação das instituições. “O que havia era, por um lado, recursos baratos desvirtuados e, por outro, recursos caros, com juro altíssimo, para o restante do Brasil. Vamos tentar eliminar essa distorção, pois não é esse o futuro que queremos para o país”, disse.

De acordo com Pedro Guimarães, a Caixa Econômica Federal é hoje o maior banco da América Latina e o quinto maior do mundo, com 93 mil correntistas. “A Caixa é uma nação e não podemos errar. O banco tem uma dívida de R$ 40 bilhões e teremos quatro anos para pagá-la”, informou. Segundo Guimarães, nos próximos fins de semana, ele e irá pessoalmente percorrer o Brasil, para conversar com a sociedade, especialmente em comunidades carentes. “Temos a orientação de olhar mais para o Brasil e menos para Brasília. É inadmissível que as pessoas peguem crédito a 22% de juros ao mês. Temos que devolver a cidadania às pessoas”, pontuou.

Para o presidente do BNDES, Joaquim Levy, a instituição tem uma história importante para o país, mas precisa se transformar para atender às novas expectativas da sociedade. “Vamos promover uma maior abertura para o setor privado e para o mercado de capital, com uma nova forma de trabalhar em parceria. Temos que combater o patrimonialismo e as distorções já verificadas, pois elas são travas para o crescimento do país e para a equidade”, explicou, acrescentando que atualmente ainda há um exagero de recursos do Tesouro no BNDES. “Queremos mais liberdade, mais concorrência e mais crescimento”, afirmou.

O presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, agradeceu a confiança do ministro Guedes e do presidente Bolsonaro. Segundo ele, o país passou por uma grande recessão, que deixou o povo sem esperanças. “Os jovens e os empresários falavam em deixar o Brasil. Precisamos reverter esse quadro e deixar os brasileiros honrados de sua pátria”, destacou. Para ele, com a equipe econômica que está sendo formada os novos objetivos serão cumpridos. “A administração do Banco do Brasil deve ser eficiente e transparente”, disse.

Ao final da cerimônia, o presidente Jair Bolsonaro ressaltou que todos os atos da gestão das três instituições financeiras serão abertos ao público e o que ocorreu no passado também. “Transparência acima de tudo. Não podemos admitir em qualquer uma dessas instituições qualquer cláusula de confidencialidade pretérita. Aqueles que foram a estas instituições por serem amigos do rei não serão perseguidos. Mas esses atos, essas ações e esses contratos se tornarão públicos”, anunciou, acrescentando que se a economia for bem haverá mais empregos, a violência diminuirá e a satisfação se fará presente junto ao povo.

Banco do Brasil

Após a solenidade no Palácio do Planalto, o ministro da Economia, Paulo Guedes, participou da cerimônia de transmissão de cargo para o novo presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, no início da tarde desta segunda-feira (7). Guedes destacou a boa governança corporativa do BB e disse que essa é uma característica positiva que vai auxiliar a gestão do novo presidente do banco.

“Tentei me cercar de pessoas que conhecem os fundamentos. São pessoas muito bem preparadas, com formação muito sólida, com vasta experiência, ética, bons princípios, que venham para oferecer algo ao país, não para receber”, disse Guedes sobre o novo presidente do BB.

O ministro da Economia ressaltou que Novaes contará, ao seu lado, com a experiência do presidente anterior do banco, Marcelo Labuto, que continuará na instituição. “Boto alguém que conhece bastante a máquina e também boto o forasteiro, que vem para incomodar. É algo que estou tentando fazer em todo o lugar. Um, que faz a novidade, e o outro, que não deixa fazer besteira”, disse o ministro.

Caixa

Na cerimônia de transmissão de cargo para o novo presidente da Caixa, no final da tarde, o ministro Paulo Guedes fez menção à fala do presidente Pedro Guimarães e destacou os desafios que terá para recuperar a instituição. “Na medida em que a instituição se recupere, o desafio, o grande desafio, de um lado interno é a meritocracia, e do lado de fora, a governança. Essas coisas tem que estar juntas porque é a única forma de proteger a empresa”, frisou.

Paulo Guedes destacou ainda que o novo presidente deverá evidenciar o potencial econômico da Caixa, com vista o fortalecimento da instituição. “O Pedro tem uma história longa e bem sucedida de mercado de capitais, é muito bem preparado e tem essa visão de futuro grandiosa”, completou.