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Postos formais de trabalho crescem nas regiões brasileiras em 2018
A recuperação do mercado de trabalho formal no país atinge todas as regiões brasileiras, indicando um crescimento consistente na geração de empregos entre 2017 e 2018, após a crise que destruiu mais de 2,8 milhões postos formais de trabalho entre 2015 e 2016. Uma análise detalhada do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), feita pelo Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, indica que a atividade econômica em cidades médias e pequenas foram mais resistentes à crise. Entre outubro e novembro de 2017, municípios com menos de 250 mil habitantes já apresentavam índices positivos de postos formais, mostrando a força dessas cidades.
Já os municípios maiores, com mais de 500 mil moradores, sentiram mais a crise e foram alcançar níveis positivos somente em abril de 2018. “A boa notícia é que, agora, municípios pequenos, médios e grandes estão todos com os índices positivos”, informou o ministro do Planejamento, Esteves Colnago.
O ministro destacou que, apesar das dificuldades conjunturais que o país enfrenta, a recuperação do emprego teve início no 2º trimestre de 2016 e em nenhum momento arrefeceu. “Em março de 2018, pela primeira vez, os resultados acumulados em 12 meses foram positivos em todas as regiões do país”, disse. Segundo ele, algumas regiões, como a Sul e a Centro-Oeste, se recuperaram mais rapidamente, registrando índices positivos no fim de 2017.
O índice de difusão registrado pelo Caged também trouxe uma avaliação interessante. O secretário de Planejamento e Assuntos Econômicos do MP, Julio Alexandre, explicou que esse índice se refere à quantidade de municípios que não apresentaram destruição líquida de postos formais de trabalho nos últimos 12 meses, numa comparação com o total de municípios brasileiros. “Todas as regiões também já apresentam índices de difusão positivos, próximos aos patamares verificados no final de 2014, reforçando que a recuperação está disseminada ”, destacou o secretário.
De acordo com os dados do Caged – cadastro que registra todos os contratos de trabalho formais feitos pelas empresas do país –, entre janeiro e abril de 2018, foram criados 336,8 mil empregos com registro em carteira no país, pulverizados por todo o território nacional.
Futuro
Julio Alexandre disse que, até o primeiro trimestre deste ano, o crescimento da economia se mostrou consistente, com o PIB crescendo, puxado, sobretudo, pela força da demanda doméstica, e em especial dos investimentos. “O Caged refletiu nos últimos dois anos a leitura sobre a recuperação da economia brasileira”, avaliou. Para os próximos meses, o secretário explicou que ainda não é possível projetar o comportamento do mercado de trabalho. “Vínhamos numa ascensão constante, porém, ainda não temos como precisar de que maneira a paralisação dos caminhoneiros pode ter afetado essa evolução”, finalizou.