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Políticas públicas de padrão mundial são caminho para o crescimento do Brasil, diz ministro do Planejamento

Dyogo Oliveira participou nesta quarta-feira de lançamento da nova edição do Relatório Econômico da OCDE sobre o Brasil e defendeu reformas e maior produtividade
publicado:  28/02/2018 16h36, última modificação:  28/02/2018 17h03

  

O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, defendeu o que Brasil adote táticas e políticas públicas de padrões internacionais, que já foram testadas e deram certo, como caminho para o crescimento econômico. Para ele, o país precisa estar alinhado às nações parceiras. “Assim, nós seremos um país também de renda per capita e desenvolvimento do nível dos nossos parceiros”, disse. A declaração foi dada nesta quarta-feira durante o lançamento do Relatório Econômico da Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Econômico (OCDE) de 2018 sobre o Brasil.

Foto: Hoana Gonçalves /  Ascom MP

O evento também contou com a participação do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, do presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, e do secretário-geral da OCDE, José Ángel Gurría Treviño. “Fazendo as coisas certas, nós alcançaremos o que os grupos que fizeram as coisas certas alcançaram. Se fizermos as coisas erradas, nós teremos um desempenho inferior”, completou Oliveira.

Ao analisar o relatório, o ministro do Planejamento destacou que muitas das indicações já estão alinhadas e sendo adotadas pelo governo brasileiro, como as reformas em andamento e aquelas defendidas pelo governo, como a redução de gastos públicos e a Reforma da Previdência. Além disso, Oliveira defendeu medidas para simplificar e facilitar o processo de investimento. Outro ponto tratado pelo ministro foi a preocupação para um crescimento sustentável e a necessidade do aumento da produtividade na economia brasileira

“A coesão das propostas [da OCDE] se alinha perfeitamente com o que temos definido e permitirá ao Brasil ao longo dos anos ter uma performance de crescimento mais elevada e mais coerente com a estabilidade macroeconômica”, resumiu.  

O ministro defendeu ainda a adesão do Brasil à OCDE e apontou este processo se encontra em “andamento”.

Para o secretário de Assuntos Internacionais do MP, Jorge Arbache, é contínuo o processo de aproximação. “Somos um dos poucos países considerados “parceiros-chave" da organização. Pelo porte e natureza da sua economia, democrática, população e tamanho do território, é razoável dizer que o Brasil é importante para a OCDE e é natural que monitore de perto a nossa economia e faça recomendações para aprimorar as nossas políticas públicas”.

Estudo

O relatório apresentado aponta que reformas adicionais para impulsionar o comércio e o investimento são a chave para o crescimento inclusivo do Brasil.

A edição mais recente do Relatório Econômico da OCDE sobre o Brasil mostra que o país está saindo de um momento de recessão e caminhando para um crescimento sólido em 2018 e 2019. Isso é resultado de que as reformas estruturais recentes implantadas pelo governo estão começando a gerar resultados. A sustentação da recuperação que está sendo observada, o uso pleno do potencial econômico do país e a disseminação dos benefícios de maneira justa, de acordo com o documento, exigirão alguns esforços adicionais como o aumento do controle dos gastos públicos, medida que já vem sendo adotada pelo Ministério do Planejamento.

O estudo mostra ainda que o aprofundamento das reformas para fortalecer as instituições, melhorar o clima de negócios e colher os benefícios de uma maior integração à economia global pode elevar o PIB em pelo menos 20% ao longo de 15 anos, o que aumentaria a renda das famílias e ajudaria a compensar os efeitos negativos da do crescimento do envelhecimento rápido da população.

O relatório ainda vai ao encontro do posicionamento da equipe econômica no sentido da necessidade de redução das despesas obrigatórias, com reformas estruturais, como a Reforma da Previdência.

Acesse a íntegra do relatório aqui.

Assista ao lançamento do relatório aqui.