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Planejamento participa de debate sobre crescimento em infraestrutura

Secretário de Assuntos Internacionais esteve nas reuniões do FMI e do Banco Mundial
publicado:  25/04/2017 18h44, última modificação:  25/04/2017 18h49

O secretário de Assuntos Internacionais do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (MP), Jorge Arbache, participou, nas últimas quinta e sexta-feira, dias 20 e 21, das Reuniões de Primavera (em inglês, Spring Meetings 2017) promovidas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e pelo Banco Mundial, em Washington (D.C.). Durante o encontro, foi discutido o tema ‘Infraestrutura: Novo Motor de Crescimento da América Latina e do Caribe’.

Arbache destacou a importância de a América Latina e o Caribe gastarem em infraestrutura de forma mais eficiente para priorizar a necessidade de investimentos nas áreas que mais necessitam. “É preciso, de alguma forma, que o governo participe, seja no cofinanciamento ou na mudança de regras, de condições, para que elas deem mais segurança jurídica”, ressaltou.

“Temos, hoje, um enorme vazio de investimentos em infraestrutura voltados para o passado, tais como: educação, saneamento, transporte urbano e energia elétrica, entre outros.  E, ao mesmo tempo, temos uma demanda de investimentos em infraestrutura voltados para o futuro que está ampliando com relação aos outros países avançados, são elas: internet, rede de telecomunicações avançadas e infraestruturas públicas que criam condições para o desenvolvimento de negócios de alto valor adicionado”, avaliou Arbache.

Com os preços das matérias-primas em baixa e em meio a um cenário global incerto, a América Latina e o Caribe buscam alternativas para impulsionar o crescimento econômico e continuar em seu caminho de redução da pobreza e da desigualdade. Há um consenso crescente de que investir em infraestrutura é essencial para preparar o terreno para a recuperação econômica. Atualmente, a região investe menos de 3% de seu PIB em infraestrutura, uma média baixa em comparação com a Ásia do Leste e Pacífico, que aplica quase 7,7%, e outras regiões.

No evento, especialistas avaliaram o potencial dos países da América Latina e do Caribe para investir em infraestrutura, bem como os principais desafios a serem superados. Os dados integram o relatório divulgado durante a reunião. Neste documento, o FMI também faz uma série de projeções para as contas públicas. A expectativa da entidade é de que, este ano, o déficit primário fique em 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB).

Anualmente, as Reuniões de Primavera congregam autoridades de governo, ministros de finanças e desenvolvimento, presidentes de bancos centrais, organizações da sociedade civil e participantes da academia e do setor privado, que se reúnem para discutir questões de interesse global, incluindo as perspectivas da economia mundial, a erradicação da pobreza, o desenvolvimento econômico e a eficácia da ajuda.

Com informações do Banco Mundial e FMI