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Em clima de Copa do Mundo, Rede InovaGov debate melhoria de serviços públicos

Em evento descontraído, gestores e participantes da Rede InovaGov trocaram experiências sobre simplificação de serviços
publicado:  14/06/2018 20h16, última modificação:  14/06/2018 20h16

Instituições públicas interessadas em aprimorar a prestação de serviços podem contar com a parceria do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (MP). Para auxiliar as organizações a simplificar e digitalizar  serviços, o MP disponibiliza dois tipos de recursos disponíveis:

 1) Kit de Transformação de Serviços, que pode ser autoaplicável pelas organizações, e

2) Consultoria específica para cada órgão ou entidade – nesse caso, basta agendar uma conversa pelo e-mail cidadaniadigital@planejamento.gov.br

 Esse e outros temas – como a troca de experiências bem-sucedidas na oferta de serviços públicos e na inclusão da perspectiva do cidadão no redesenho de serviços – foram destaque do “Bola na Rede”, debate promovido pela Rede InovaGov, com apoio da Escola Nacional de Administração Pública (Enap), realizado ontem (quarta-feira, 13), em Brasília.

 Com a proximidade da Copa do Mundo, o evento foi todo elaborado com referências ao futebol. A mesa de debate, por exemplo, foi chamada “Bem amigos da Rede InovaGov”. A programação também contou com o “Pode isso, Arnaldo?”, um momento para troca livre de ideias. A última interação do dia foi a participação nas oficinas “Treino é treino, jogo é jogo”, quando os participantes puderam estabelecer conexões, além de compartilhar práticas em inovação.

 

MELHORES MOMENTOS

 O evento pode ser acessado na íntegra aqui. Leia alguns dos melhores momentos:

“Temos o desafio de mostrar para as instituições públicas que vale a pena, sob vários aspectos, a digitalização de serviços. Sabemos que digitalizar não é a solução para todos os usuários, mas aqueles que se beneficiam com o atendimento virtual acabam favorecendo o cidadão que vai ao balcão, pois a fila vai diminuir”.

Joelson Vellozo, diretor do Departamento de Modernização de Serviços do Ministério do Planejamento

“Quando se pensa em inovação no setor público, é preciso considerar três aspectos: agregar valor para o cidadão, para o governo e reduzir riscos. Mas como atacar todas essas vertentes? Atuando em várias etapas dos processos, como cadastro, entrega de documentos, tempo de análise, melhoria dos sistemas que já estão disponíveis na internet. É isso que estamos fazendo no INSS desde meados de 2017, para entregar serviços básicos aos usuários. Em apenas seis meses mais de 7 milhões de usuários se cadastraram para utilizar o ‘Meu INSS’. Esse é o tipo de mudança que agrega valor”.

Alessandro Ribeiro, diretor de Benefícios do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS)

"A chave (no processo de inovação) é a gestão de pessoas. A técnica a gente treina – saber usar um sistema, aprender os procedimentos, assimilar o nível de qualidade – já as características pessoais devem estar alinhadas aos valores da organização".

Fábio Deboni, gerente executivo do Instituto Sabin

 “Dois aspectos indispensáveis para potencializar os serviços públicos são: informar o usuário para que ele conheça os serviços que são prestados; e investir em gestão de pessoas, no processo de humanização. Nós estamos atrasados na capacidade de ser ‘gente’, então ficamos insistindo em processos burocráticos. O formalismo às vezes atrapalha as estratégias (de inovação)”.

Antônio Isidro, professor adjunto da Universidade de Brasília (UnB), doutor e mestre em Administração, psicólogo e especialista em Gestão de Pessoas

“Precisamos saber se queremos um ‘futebol’ de resultados ou um ‘futebol’ arte. A solução pode estar no meio do caminho. Não adianta cativar mentes, corações e não ser campeão. A Administração Pública tem que focar em produtividade e em resultados. Parte do desenho da entrega dos serviços, que estamos reaprendendo a fazer, é entender as dificuldades de quem está precisando do serviço”.

Guilherme Almeida, diretor de Inovação do Laboratório de Inovação em Governo (Gnova)

“O incômodo entre nós servidores públicos atualmente é muito frequente. Nós queremos transformar, mudar, ter empatia. Não somos insensíveis, portanto precisamos sair da mentalidade rígida presente no governo. Nosso papel hoje é pensar em como mudar um pouco isso, no olhar do cidadão para o servidor e vice-versa. Hoje contamos com ferramentas que podem nos ajudar a fazer essa conexão”.

Luanna Roncaratti, gerente de Inovação do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão