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Educação e infraestrutura são temas de agenda do Planejamento na China
Em agenda de trabalho na China, o secretário de Assuntos Internacionais, do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Jorge Arbache, esteve na manhã desta quinta-feira (7) na Universidade de Macau para debater como ampliar o número de bolsas para estudantes brasileiros. Há interesse brasileiro em intensificar a participação de jovens professores doutores do Brasil nos meios acadêmicos de Macau. Para o secretário, a Universidade pode ser uma das portas de entrada do Brasil na China e uma boa oportunidade de estreitar as relações culturais e acadêmicas entre os dois países.
“A Universidade de Macau tem muitos recursos e está interessada em atrair estudantes brasileiros, especialmente para pós-graduação e pesquisa nas mais diversas áreas”, disse Arbache. “Estamos negociando um acordo com a Universidade de Brasília, mas também pretendemos estender a outras universidades brasileiras”, garantiu.
Após visitar o Instituto de Inovação Colaborativa e a Faculdade de Administração de Empresas, ambas no campus universitário de Macau, o secretário seguiu para participar do 4º Fórum de Infraestrutura China-LAC – Promovendo Novos Impulsores da Cooperação Atualizada sob a Iniciativa “Faixa e Estrada”.
Nesse encontro Arbache destacou a importância do evento para aproximar a América Latina da China e a relevância do tema da infraestrutura para o desenvolvimento econômico, com aumento de produção e competitividade. “Investir em infraestrutura é investir no futuro”, disse o secretário. “Um país somente é autônomo e independente se consegue gerar riqueza, emprego e valor para a sua população, com redução da pobreza”.
INFRAESTRUTURA
Ainda no Fórum, Arbache ressaltou o enorme déficit de investimentos em infraestruturas na América Latina, o que compromete o crescimento e o desenvolvimento dos países. O secretário acredita que a cooperação com a China, no âmbito da iniciativa do governo chinês “Uma Faixa, Uma Rota”, pode ser boa oportunidade para a região avançar nos investimentos em infraestrutura e integrar a América Latina às cadeias de valor da Ásia.
“A Ásia é a região que mais cresce na economia global e oferece muitas oportunidades econômicas e de comércio para a América Latina”, opinou Arbache. “A cooperação com a China já mostra resultados positivos. O país se tornou um dos principais investidores na região, especialmente no desenvolvimento de tecnologias avançadas, com impactos positivos na produtividade e na sustentabilidade ambiental”, afirmou.
Para avançar na cooperação com a Ásia, Arbache aposta no fortalecimento das relações com a China em torno de uma agenda comum de desenvolvimento. “Temos de combinar retorno privado e social, bem como investimentos que tragam modelos de negócios inovadores e serviços inteligentes que potencializem os impactos daquelas infraestruturas”, disse.
AGENDA
O secretário segue em Macau até sábado. Ele participará ainda do Seminário sobre a Construção de Infraestruturas entre a China e os Países de Língua Portuguesa na sexta-feira (8); e visitará o Centro de Exposição dos Produtos Alimentares dos Países de Língua Portuguesa, equipado pelo governo de Macau para empresas de países lusófonos (que falam o português) para exporem e venderem seus produtos na China.