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Comitiva de Macau visita o Planejamento e debate cooperação comercial
Empresários de Macau – península chinesa próxima a Hong Kong – em visita ao Brasil estiverem nesta segunda-feira (25) com representantes do governo brasileiro e representações empresariais, em reunião no salão nobre do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (MP). Na pauta, as possibilidades de intercâmbio entre as empresas dos dois lados, expandindo as relações entre a China e os países de língua portuguesa.
Foto: Hoana Gonçalves / Ascom MP
No encontro, foram discutidas formas concretas de utilizar Macau como meio de entrada de pequenas e médias empresas brasileiras interessadas no mercado chinês. Os governos de Macau e do Brasil farão um trabalho conjunto para reforçar o papel de Macau como “ponte” de cooperação econômica e comercial.
Uma força-tarefa com órgãos de ambos os governos será formada para dar seguimento prático ao objetivo comum de engajamento de pequenas e médias empresas brasileiras na plataforma de serviços, inclusive financeiros, oferecida por Macau.
Para o secretário-executivo do MP, Gleisson Rubin, o Ministério do Planejamento tem buscado ampliar as relações econômicas entre o Brasil e a China. “Devemos, portanto, envidar esforços para ampliar o volume e a qualidade da pauta comercial e as parcerias entre as empresas de Macau e as pequenas e médias empresas brasileiras, ávidas por acessar o mercado chinês”, disse Rubin ao abrir a reunião.
BALANÇA COMERCIAL
Os dados apontam que as importações macaenses provenientes do conjunto dos países de língua portuguesa (e não apenas do Brasil) atingiram apenas US$ 80 milhões no ano passado – menos de 1% do total de US$ 9 bilhões importado. O Brasil, por sua dimensão e diversificação econômica, responde por quase 72% desse total exportado (US$ 58 bilhões).
O secretário de Assuntos Internacionais do MP, Jorge Arbache, comentou sobre a relação econômica e compartilhamento de interesses e potencial entre Macau, Brasil e China. Ele citou iniciativas – como a operação do Fundo Brasil-China de Cooperação – que vêm incrementando o comércio de bens entre Brasil e China.
No seu entendimento, essa relação já atinge um patamar elevado, resultado da crescente entrada de investimentos diretos chineses no país.
“O diálogo entre nossos países vem se ampliando em várias áreas, para além do âmbito econômico, cultural e artístico. Isso tudo comprova que o potencial de crescimento na relação bilateral é muito grande”, ressalta Arbache.