Ministros e representantes da CAF (Banco de Desenvolvimento da América Latina) discutiram as estratégias da atuação da instituição e alocação de recursos para a gestão 2017-2022. O presidente da CAF, Luis Carranza Ugarte, recém-empossado, destacou que o banco é uma marca importante e conhecida internacionalmente e que por isso a cooperação técnica deve estar estritamente vinculada ao negócio, que é desenvolver projetos para a região.

“Nosso foco, negócio e cooperação técnica é com o desenvolvimento da América Latina. Por isso temos que fortalecer estrategicamente a instituição mobilizando recursos de terceiros e discutindo temas prioritários”, disse Ugarte durante sua exposição para os membros da CAF, em reunião realizada, nesta terça-feira (4), em Santa Cruz de la Sierra, Bolívia.

A CAF tem ampliado cada vez mais a sua atuação na região. Nesses dois dias de encontro, os conselheiros discutiram também mecanismos de prevenção de desastres naturais e redução dos impactos na atividade econômica, disse o ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Dyogo Oliveira.

Foto: Carla Simões - Ascom/MP

Durante sua apresentação, o ministro destacou a necessidade da ampliação de cadeias de valor na região dada a redução da capacidade de exportação de bens industrializados. Segundo ele, a CAF pode ser o vetor externo para ajudar os países da região, que hoje vivem um contexto de baixo crescimento e restrição fiscal.

“Foi uma reunião positiva de direcionamento da CAF que daqui para frente vai também apoiar com maior enfoque e prioridade projetos de parceria público-privada como as que o Brasil está desenvolvendo na área de infraestrutura. Devemos ter esse ano a continuidade dessa parceria relevante e temos desenhado para Brasil um pacote importante de US$ 1,5 bilhão de recursos para a melhoria da infraestrutura das cidades e prevenção de riscos e desastres naturais”, disse o ministro.

Segundo o secretário de assuntos internacionais do Ministério, Jorge Arbache, a CAF vem crescendo rapidamente. Segundo ele, o Brasil tem trabalhado com a instituição para que haja predominância da carteira de financiamento para entidades públicas e governo federal e essa agenda está avançando. “A CAF será dentro em breve provavelmente o maior banco da América Latina”, disse Arbache.