A implementação efetiva de um planejamento de longo prazo para o Brasil esteve no foco da abertura do Seminário de Desenvolvimento Regional, que está sendo realizado durante toda esta terça-feira, dia 4, no Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (MP). Para o ministro substituto do MP, Gleisson Rubin, o Brasil precisa sair do círculo vicioso de se reinventar a cada período de quatro anos. Segundo ele, o planejamento estratégico deve perpassar gestões, olhando para o futuro. “As diretrizes mais centrais de atuação do Estado brasileiro precisam ser assumidas e tuteladas pelas diferentes gestões”, frisou.

Clésio Rocha / MP

Rubin informou que ao longo de todo este ano o Ministério do Planejamento coordenou a produção da Estratégia Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Endes), em parceria com os órgãos setoriais e com a sociedade. “O ministro Esteves Colnago lançou a Endes, compondo um olhar para os próximos 12 anos. Teremos uma trajetória a ser percorrida em torno de sua diretriz principal, que é elevar a renda e melhorar a qualidade de vida da população, reduzindo as desigualdades regionais”, disse.

Também presente à mesa de abertura, o secretário executivo do Ministério da Integração (MI), Gustavo Canuto, indicado pelo presidente eleito Jair Bolsonaro para comandar a pasta do futuro Ministério do Desenvolvimento Regional, elogiou o seminário, que, segundo ele, possibilita sair da visão estratégica e partir para o operacional. “Hoje, estamos debatendo a efetividade dos planos macrorregionais, que devem trazer realizações concretas. A nova regulamentação da Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR) já é algo concreto, está no último estágio, na Fazenda. Essa regulamentação traz o aperfeiçoamento da atuação”, analisou.

Canuto ressaltou a importância de que os planos regionais sejam feitos com olhar de 12 anos, e não mais de quatro. “Isso irá possibilitar ter três ciclos do PPA dentro do plano”, observou. Ainda em sua fala, o futuro ministro comentou o convite para compor o próximo governo. Segundo ele, o novo ministério era sonhado por todos que entendem de desenvolvimento regional. “Essa troca de nome (da Pasta) parece algo singelo, mas há um simbolismo grande envolvido. Todos conhecerão que o ‘desenvolvimento regional’ será pauta do governo”, explicou, destacando que a iniciativa tem potencial para trazer benefícios à população.

De acordo com o secretário de Planejamento e Assuntos Econômicos do MP, Julio Alexandre, os temas que serão apresentados durante o Seminário estarão presentes na agenda do próximo governo. “O desenvolvimento regional é um dos objetivos fundamentais da República, pois está no artigo 3º da Constituição. Este tema crescerá muito em relevância no próximo governo”, afirmou.

Confira a programação completa do Seminário: