Matéria do Estado de S. Paulo esconde 541 servidores da Polícia Federal
Em matéria publicada hoje (25/09), o jornal O Estado de S. Paulo omite propositalmente o número de vagas efetivas existentes no quadro da Polícia Federal (PF). Essas informações, atualizadas até agosto deste ano, foram prestadas pela assessoria de comunicação do Ministério do Planejamento e negadas ao leitor.
A reportagem Usada como trunfo do governo, PF perde efetivo desconsidera a política continuada de valorização da PF, como instituição de Estado, que ocorre desde 2003. A saber, o efetivo das carreiras da PF saltou de 7.431 para 11.817 no período (ver gráfico). Um aumento de 59%.
Na tentativa de negar essa política de valorização, a manchete, o gráfico e o texto da matéria principal desconsideram os dados mais recentes (de agosto/2014) sobre as vagas efetivas existentes no quadro da PF. Consideradas essas 541vagas omitidas, houve aumento (+1,2%) em vez de queda (-3,44%) nas carreiras da instituição.
Ao omitir os dados do mês de agosto, a matéria induz o leitor a acreditar que o número de delegados, hoje, na PF é 1.690 e não 1.817; que o número de escrivães é 1.779, em vez de 2.105. E que os peritos são 1.090 ao invés de 1.178. (ver gráfico)
Somente ao longo do texto da matéria auxiliar, sob o título Ministério destaca crescimento a partir de 2003, a reportagem informa que “a autorização mais recente para os quadros da Polícia Federal foi em agosto deste ano, com 541 vagas no total. Mas a informação é desconsiderada em toda a edição da reportagem, do título ao gráfico.
A contradição editorial torna-se ainda mais grave pelo fato de que não se trata de autorização de concurso. Todos os 541 servidores já se encontram nomeados e em processo de ambientação na Polícia Federal. Mas desaparecem nas contas da reportagem.